terça-feira, 4 de novembro de 2014

De Uma Ilustre desconhecida ao Sr. Silas Malafaia. (Mikaella Campos)



"Realmente, eu não sou ninguém. Sou apenas uma jovem mulher de 28 anos, casada, que trabalha, cuida da casa e do marido e ainda dedica parte do tempo à leitura da Palavra de Deus e à adoração àquele que tudo fez. Nunca assumi uma igreja. Nunca tive os holofotes sobre mim. Realmente, eu não sou ninguém.... assim começa carta direcionada ao pastor Silas Malafaia ...Os fariseus de hoje são os nossos líderes religiosos, que podemos chamar de povo pseudo-evangélico. Grupo, no qual, o senhor participa e não faz questão de mostrar humildade. São pastores dominados pela arrogância assim como os hipócritas do passado. Como serva de Cristo (Yaohushua) tenho o direito de não ser simpática a falsas doutrinas e a comportamentos infantis e egocêntricos na pregação da mensagem de Deus (Yahweh). Jesus (Yaohushua) raramente era cordial com as falsas autoridades religiosas. Eu também tenho o direito de não ser-enfatiza ela. E enumera alguns questionamentos:

"Para começar a questionar a sua carta, digo que a internet hoje tem desempenhado um importante papel na pregação de um evangelho longe das teorias humanas que sempre rondaram às igrejas.
Ao contrário dos pensamentos ditatoriais de alguns pastores como o senhor, a internet é um lugar onde as pessoas têm encontrado espaço para questionar esse evangelho raso, de fundo de quintal, que tem sido anunciado por aí. Durante muito tempo, pastores como o senhor faziam de tudo para deixar o povo cego e ignorante à verdadeira mensagem do evangelho. Mas graças ao bom Jesus (Yaohushua), pela internet, têm se levantado pessoas capazes de confrontar mentirosos e de apontar os erros teológicos, doutrinários que estão levando muitas almas para a perdição eterna".


Não estou aqui para escrever um artigo sobre sua vida como pastor. Afinal, como o senhor mesmo disse, foram 30 anos de chamado. No entanto, não posso deixar escapar uma questão um pouco atrevida que o senhor colocou na sua carta. O senhor diz não receber salários da igreja, mas que as pessoas estão falando mal do senhor porque Deus (Yahweh) tem te abençoado e honrado a tua fidelidade. Quando li isso, lembrei-me do apóstolo Paulo que recebia as doações de outros cristãos e compartilhava tudo com os pobres. O carro blindado que ganhou, o que o senhor fez com ele? Vendeu para repartir para os pobres e para que o dinheiro fosse usado na expansão do evangelho? E o seu avião particular? O senhor também ganhou? E quando o senhor fala que as igrejas deixam seus pastores na miséria, será que esse questionamento não serve para o senhor? Já que é tão abençoado, por que não compartilhar essa graça?

Sinceramente, eu não estou com raiva do senhor porque eu ando de Ford Ka 2007 enquanto o senhor anda de carro blindado. O que me deixa indignada é a forma que o senhor se reporta às pessoas, chamando-as de invejosas porque não têm os mesmos ganhos que o senhor. A maior parte da população desse país, até entre os cristãos (não sei se o senhor sabia disso), precisa trabalhar para ter um salário que lhes ofereça pelo menos a chance de se alimentar com dignidade. Para conseguir comprar uma roda de bicicleta, como o senhor fala, essas famílias precisam viver anos de economia até conseguir o dinheiro o suficiente para conquistar o sonho. Será que essas famílias são menos abençoadas por Deus (Yahweh) por que nunca ganharam um relógio nem do Paraguai, enquanto o senhor anda para cima e para baixo com relógio de ouro que ganhou de algum amigo?


Eu, senhor pastor, lanço-te um desafio: a mostrar com clareza sua vida e ainda a dividir todo o seu patrimônio acumulado com os pobres. Desafio também, senhor pastor Malafaia, para ir pregar a teologia da prosperidade no sertão, onde há fome. Na África, onde as crianças morrem desnutridas, onde as mães dão seus seios secos para tentar afagar a fome dos seus bebês. Desafio, o senhor pastor, a ir às favelas entregar tudo o que senhor arrecadou com as bênçãos de Deus para aquelas famílias que estão com dificuldade para se alimentar.

Toda vez que faço uma crítica a uma falsa doutrina, seja por meio de blogs, Facebook, Twitter, ou mesmo nos grupos da igreja a qual pertenço, não fico feliz por isso. Na verdade, sou dominada por uma grande tristeza, pois sei que muitas almas estão sedentas de Deus, mas estão sendo guiadas por líderes cegos. E ao contrário do que o senhor diz, eu oro não para que pastores hipócritas como o senhor caiam. Eu oro a Deus (Yahweh) para que o senhor e os outros líderes se convertam de verdade. Peço a Deus para tirar a arrogância do coração dos senhores e que o desejo de ser humilde e pacificador possa dominar o coração dos atuais apóstolos do poder.


(Mikaella Campos é mais uma ilustre desconhecida (no reino dos homens soberbos), jornalista, cristã Batista há 28 anos, desses 20 com entendimento. Escreve para o blog "Minha vida em cristo sem heresias"  no Púlpito Cristão).

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