sábado, 27 de setembro de 2014

A VERDADE SOBRE O RETETÉ


Muitos de nossos erros nas áreas onde estão envolvidos os dons espirituais surgem quando queremos que o extraordinário e o excepcional sejam transformados no freqüente e no habitual. Que todos que desenvolvem desejo excessivo pelas “mensagens” transmitidas por meio dos dons possam aprender com os enormes desastres das gerações passadas com nossos contemporâneos [...] As Sagradas Escrituras é que são lâmpada que ilumina nossos passos e a luz que clareia nosso caminho. (Donald Gee, pastor assembleiano em 1963).

Reteté é uma manifestações  extravagantes atribuídas ao Espírito Santo. No “culto” reteté a um imperativo de desordem, onde a racionalidade é desprezada e o caos é celebrado.

O “cair”,“dançar”, “pulos elétricos” são comuns em reuniões super-ultra-mega agitadas e “fervorosas”. Em reuniões pentecostais, o reteté se tornou uma moda constante e tolerável.

Nos cultos do “reteté”, pessoas marcham, pulam, contorcem, caem, berram, ficam rodopiando pra lá e pra cá num verdadeiro reboliço. Geralmente, essa desordenada movimentação se dá enquanto hinos são cantados em ritmos como forró. Para os crentes do “reteté” só os seus cultos são verdadeiramente pentecostais e têm o mover de Deus (Yahuh). Mas esses cultos ultrapassam os limites da meninice e muitas vezes são pura expressão de carnalidade e falta de temor a Deus (Yahuh). Seus dirigentes são obreiros neófitos (novos convertidos) que não estimulam o povo a ler mais a Bíblia e ser mais equilibrados.

No culto “reteté” a extravagância, os exageros, a irracionalidade, a falta de exposição das Escrituras com uma doxologia ( Do grego δόξα [doxa] "glória" + -λογία [-logia], "palavra) que leva a reflexão são características marcantes. Os freqüentadores desses cultos são cristãos, normalmente neófitos ou imaturos, que não crescem de maneira sólida. Um grande problema é ver vários pastores envolvidos em tais modismos!



Qual o problema do reteté?
São vários os problemas com essa modalidade de culto e seria necessário rasgar  I Co 14 das Sagradas Escrituras, para aceitar o reteté.

a) A passagem ensina ordem e decência (v.40), além de mostrar que os dons têm propósitos para edificação da Igreja (v.26). “Faça-se tudo para edificação”.

b) Deus não é de confusão (I Co 14.33). O reteté encarna o caos!

c) O “reteté” infantiliza, contrariando o bom-senso exortado pelas Escrituras (I Co 14. 20)

d) O culto é racional (Rm 12.1), enquanto o “reteté” inspira os mais primitivos instintos emocionais, desprezando por completo o intelecto.


O culto cristão é formalista e monótono?

Não, pois experiências esporádicas e não normativas são possíveis no culto cristão, seja ele pentecostal ou tradicional. Experiências são aceitáveis, desde que não se torne moda e provoque desordem no culto. Experiências não podem servir para outros, pois são pessoais, relativas, únicas e exclusivas. Os dons espirituais devem ser exercidos nos cultos, mas segundo os parâmetros da doutrina bíblica exposta nas epístolas.

Exposição bíblica?

Em nenhum culto de “reteté” é possível ver uma boa exposição das Sagradas Escrituras. Os pregadores do “reteté” usam a Bíblia com amuleto ou para extrair versículos sem contexto para apoiar as trágicas pregações. A Bíblia pouco vale nos cultos do reteté. Nessas reuniões, às vezes acontece que nem a leitura bíblica é feita!

Conclusão:

Culto pentecostal é composto de hinos, exposição das Escrituras, exercício na coletividade dos dons espirituais (I Co 14.26). A liturgia pentecostal não deve ser o extremo oposto da equilibrada liturgia tradicional, pois o que diferencia é o exercício dos dons, com toda moderação e seguir as diretrizes da Bíblia. (Fonte: RedeMundial7- A Verdade que Liberta)

Referências Bibliográficas:

01. GEE, Donald. Spiritual gifts in the work of ministry today. Springfield: Gospel Publishing House, 1963, p.51 Cit in GRUDEM Wayne. O Dom de Profecia. São Paulo: Editora Vida, 2004. p 414.

02. ZIBORDI, Ciro Sanches. Mais Erros Que os Pregadores Devem Evitar. Rio de Janeiro: CPAD, 2007. p 46.

03. ARAÚJO, Isael de. As principais tentações do pentecostalismo hodierno. Mensageiro da Paz, Rio de Janeiro, Julho de 2008. Artigo. p 27

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