sábado, 26 de julho de 2014

O “evangelho ostentação” Por Ângelo dos Santos Monteiro


Recentemente (2009 a 2010) surgiu no Brasil um novo estilo musical popular que a cada dia ganha mais expressão, chamado Funk Ostentação, onde seus intérpretes e representantes não somente “catam”ao ritmo de frenéticas batidas eletrônicas, mas trazem como característica deste novo estilo musical a ostentação de objetos de alto valor (mesmo que sejam imitações baratas) como relógios, pulseiras, correntes, roupas, etc. Não obstante toda ostentação, as músicas são desprovidas de qualquer valor cultural, e em contra partida, são recheadas de conteúdo impróprio, como sensualidade, apologia ao crime, luxuria, ostentação financeira, etc. Enfim, oferecem aquilo que as massas que lhes acompanham querem ouvir ao ponto de serem contagiadas a curtirem aquilo que estão a lhes oferecer.

No mundo evangélico as coisas não andam muito diferentes. Os púlpitos viraram lugar de ostentação e o povo, massa de manobra sob o poder persuasivo de “pregadores” que manipulam seus ouvintes sob o timbre rouco e distorcido de suas potentes e frenéticas cordas vocais.
Quanto menos conteúdo bíblico, mais ostentação: relógios grandes e reluzentes daqueles que dariam para ficar pendurados tranquilamente na parede de casa; ternos tão reluzentes que serviriam como sinalizadores de trânsito; anel nos dedos do “tamanho de um relógio” para ostentar uma suposta formação teológica, porém, tais “pregadores” nunca sentaram nos bancos acadêmicos para fazer jus ao que usam nos dedos, inclusive, frequentemente em sua própria defesa discursam contra a ética e a teologia objetivando tão somente esconder sua negligência e vergonha pertinente a falta de conteúdo bíblico (2 Timóteo 2.15).
Mas não para por aí; eles geralmente carregam nas mãos mega-bíblias que são quase do tamanho de uma mala de viagem (cabem tranquilamente ali dentro algumas toalhas de rosto [bordadas com o nome próprio] que substituem os lenços) e seus perfis nas redes sociais sempre trazem prefixos antes de seu nome próprio, tais como: Conferencista fulano de tal, Pregador, Preletor Ungido, Missionário , Grande Homem de Deus (Yahu'l)…, Ungido do Senhor…, etc.
Enfim, este não é o sentimento e a moral que permeia o Evangelho, o verdadeiro Evangelho. Estamos vivendo tempos de equívoco; colocamos pessoas no centro e Yaahu'l na periferia, ao menos, esse é o reflexo das mais esquisitas práticas cristãs e religiosas. Muitos cultos já perderam o significado e a essência, e o Evangelho para muitos virou oportunidade de negócio, marcado da fé e trampolim de oportunidades. Como já frisado anteriormente este não é o sentimento que permeia o Evangelho, logo, não condiz com o que ensinou o Pregador por Excelência – Yahushua – o qual tinha todas as condições necessárias para ostentar quem de fato ele foi, contudo, “a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana , a si mesmo se humilhou , tornando-se obediente até à morte e morte de cruz” (Filipenses 2.7,8).
Precisamos urgentemente conscientizar as pessoas que o Evangelho de Yahushua é totalmente distinto disto que estão a vivenciar. Enfim, precisamos deixar o “eVANGELHO  OSTENTAÇÃO”, e porque não dizer. o “eVANGELHO DOS HOLOFOTES” e voltarmos ao simples, porém profundo, “Evangelho da Cruz”!
Fraternalmente em Cristo (Yahushua),
Ângelo dos Santos Monteiro

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