quinta-feira, 6 de março de 2014

Música gospel: trinados, fé e dinheiro,e os ouvintes de cristo.


Ouvintes de Cristo – Esse mercado aquecido tem uma dinâmica própria. “Todos os dias, as igrejas recebem novos convertidos, que passam a consumir vorazmente os produtos evangélicos. E a música é o carro-chefe deles”, afirma Laudeli Leão, diretor de comunicação da MK Music, a maior gravadora gospel do país. É na MK que está Aline Barros, a joia da coroa, cobiçada por Sony, Som Livre e Universal.
Os números são uma boa maneira de explicar o assédio. Este ano, além de ganhar um Grammy Latino (é o quarto da carreira), Aline vendeu 300.000 cópias do disco Extraordinário Amor de Deus. É mais do que conseguiram nos últimos anos medalhões como Ivete Sangalo (245.000 deAo Vivo no Madison Square Garden, lançado em 2010) e Maria Gadú (180.000 do disco de estreia que leva o seu nome, em 2009). Sobre o assédio de grandes gravadoras, Aline, que faz em média 15 shows por mês e em 2012 realizará uma turnê pela Europa, desconversa e olha para o céu: "Fico lisonjeada e acho que é um sintoma do quanto a música gospel se tornou uma força que não pode ser desconsiderada. Mas Deus é quem guia as minhas decisões e estou feliz em permanecer na MK".
O alto patamar de vendas pode ser explicado pelas particularidades do segmento. Basicamente formado por fiéis das classes C, D e E, esse público se beneficia dos preços mais baixos dos discos evangélicos – 15 reais, em média. Além disso, tem menos acesso à internet e faz menos downloads - legais ou ilegais. “Há uma questão moral. A religião proíbe burlar a lei. A venda de discos pirateados representa de 10% a 15% do mercado gospel, um índice muito inferior que os 52% do mercado laico, por exemplo”, diz Laudeli, da MK Music.

Outro fator importante é o suporte dado por veículos evangélicos à divulgação dos discos. Ao contrário dos artistas laicos, cujos lançamentos requerem grandes campanhas publicitárias e inserções em rádios, os evangélicos contam com as igrejas e as rádios ligadas a elas para difundir suas músicas. O culto, que chega a ter 70% do tempo dedicado ao chamado louvor, e a programação de rádios religiosas se complementam, executando à exaustão músicas de cantores já conhecidos e indicando novos artistas. Nomes como Bruna Karla, Arianne e Mariana Valadão surgiram nos últimos cinco anos para renovar o setor, já dominado pela geração de Aline Barros, Cassiane, Fernanda Brum, Kleber Lucas e a banda Oficina G3.


Além da publicidade, o universo evangélico oferece uma extensa rede comercial aos artistas. “Enquanto no mercado secular as lojas de disco se extinguiram, existe uma rede de pequenas lojas no mercado evangélico para a venda de Bíblias, livros e discos”, diz Mauricio Soares, que antes de dirigir o braço gospel da Sony Music, foi diretor da Line Records, gravadora ligada à Igreja Universal do Reino de Deus.

É assim que, impulsionado pela crescente penetração dos evangélicos no país, por produções musicais bem feitas, por artistas que se unem aos fãs por laços religiosos e pelo poder de consumo da nova classe média, o mercado gospel alia fé e louvor para produzir dinheiro, muito dinheiro. Além de um interessante filão para as emissoras de TV  e a salvação para gravadoras que hoje vivem o inferno comercial.

Outro fator importante é o suporte dado por veículos evangélicos à divulgação dos discos. Ao contrário dos artistas laicos, cujos lançamentos requerem grandes campanhas publicitárias e inserções em rádios, os evangélicos contam com as igrejas e as rádios ligadas a elas para difundir suas músicas. O culto, que chega a ter 70% do tempo dedicado ao chamado louvor, e a programação de rádios religiosas se complementam, executando à exaustão músicas de cantores já conhecidos e indicando novos artistas. Nomes como Bruna Karla, Arianne e Mariana Valadão surgiram nos últimos cinco anos para renovar o setor, já dominado pela geração de Aline Barros, Cassiane, Fernanda Brum, Kleber Lucas e a banda Oficina G3.


Além da publicidade, o universo evangélico oferece uma extensa rede comercial aos artistas. “Enquanto no mercado secular as lojas de disco se extinguiram, existe uma rede de pequenas lojas no mercado evangélico para a venda de Bíblias, livros e discos”, diz Mauricio Soares, que antes de dirigir o braço gospel da Sony Music, foi diretor da Line Records, gravadora ligada à Igreja Universal do Reino de Deus.
É assim que, impulsionado pela crescente penetração dos evangélicos no país, por produções musicais bem feitas, por artistas que se unem aos fãs por laços religiosos e pelo poder de consumo da nova classe média, o mercado gospel alia fé e louvor para produzir dinheiro, muito dinheiro. Além de um interessante filão para as emissoras de TV  e a salvação para gravadoras que hoje vivem o inferno comercial. ( Fonte: Revista veja-Rodrigo Levino)

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