sábado, 12 de outubro de 2013

A morte de Yahushua


O ELEMENTO TEMPO NA MORTE E RESSURREIÇÃO DE YAHUSHUA

A Palavra de YHWH nos ensina o caminho da salvação (o livramento da pena de morte imposta sobre a raça humana pelo pecado) por meio de Yahushua o Mashiach de YHWH. Esta verdade constitui o centro das escrituras. O plano da salvação foi proclamado, uma vez e outra, pelos escritores da Bíblia, quando foram dirigidos pela inspiração divina. Tem-se utilizado muitos métodos para enfatizá-lo, fazê-lo compreensível e comunicá-lo a nós, tais como: Histórias, Incidentes, Eventos, Parábolas, Exemplos, Ilustrações, Alegorias, Símbolos e por ensinamento direto. Estes métodos estão habilmente mesclados para revelar claramente a vontade e o desejo de YHWH para o homem. Um caminho de vida que prepara homens e mulheres para o glorioso e eterno Reino do Pai Celestial e de seu Mashiach Yahushua.

YAHUSHUA HAMASHIACH E O SINAL DE JONAS


Um dos incidentes interessantes da antiga aliança e que está ligado ao tema da salvação, é o que envolve Jonas e o grande peixe.  Esta é uma história com uma grande lição: “a lição de obediência”. Porém é mais do que isto. É uma ilustração ou tipo de Mashiach, não em sua rejeição de fazer o que YHWH ordenou, mas na experiência de permanecer muito tempo dentro do grande peixe que Elohim preparou. Certamente, ninguém havia imaginado alguma relação entre a obra e vida de Yehoshua e a experiência de Jonas, de ser jogado de um barco agitado pela tempestade, ao mar, para ser engolido por “um grande peixe”. Porém, Yehoshua não podia deixar de fazer uso desta história em sua pregação, porque não foi um incidente casual. YHWH o planejou, e seria fator de vital importância para elucidar o plano da salvação. Sem o relato do mencionado incidente existiria grave dúvida sobre a veracidade da salvação para o homem, porque se Yehoshua, o homem que foi declarado como o centro do plano da redenção, que deu sua vida no madeiro do calvário, não fosse realmente o Mashiach de Elohim, não poderia haver segurança de salvação para ninguém. Sem contar com a história de Jonas e seu peixe captor, não haveria uma prova positiva com a qual refutar o protesto de que o Mashiach da Bíblia era um impostor; porque ele mesmo disse a alguns incrédulos escribas e fariseus (os quais haviam duvidado de sua verdadeira identidade, embora o haviam visto fazer grandes milagres), que não seria dado outro sinal além do de Jonas, para provar sua afirmação de ser o MASHIACH. “Então alguns dos escribas e dos fariseus, tomando a palavra, disseram: Mestre, queremos ver da tua parte algum sinal. Mas ele lhes respondeu: Uma geração má e adúltera pede um sinal; e nenhum sinal se lhe dará, senão o do profeta Jonas; pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra”. [Mateus 12:38-40]

Assim, parte do plano da salvação está contido nesta história. Se HaMashiach não permanecesse no túmulo o tempo exato especificado neste relato de Jonas, não seria o verdadeiro Mashiach. Portanto, o elemento tempo exato, especificado nos ensinamento das Escrituras, concernentes a morte no madeiro e ressurreição do Mashiach é vital, como o mostraremos.

     Ao iniciar uma investigação na Palavra de YHWH sobre este assunto, assinalamos que Yahushua se referiu a história mencionada, como uma coisa que realmente aconteceu. É importante também notar que o relato feito por Mateus do que especificou, ensina que depois de sua morte, HaMashiach estaria no túmulo por três dias e três noites, ou seja, um total de exatamente 72 horas. O mesmo tempo, portanto, que Jonas ficou confinado dentro do grande peixe. Assim, Jonas foi um tipo de Yahushua no túmulo terreno.

UMA PERGUNTA DIFÍCIL DE RESPONDER

 Este ensinamento de Yahushua introduz na mente de milhões de religiosos mal informados uma pergunta difícil de responder. Como pode este sinal ser verdadeiro de Yahushua? Se Yahushua foi crucificado na “Sexta-feira Santa”, posto no túmulo justamente antes do pôr-do-sol deste mesmo dia, e se levantou na manhã de domingo (como poderia sugerir uma leitura superficial de certas passagens da Palavra de YHWH), ele não esteve no túmulo os três dias e três noites, e assim, não poderia ter sido o verdadeiro Mashiach. No entanto, HaMashiach especificou claramente (como está registrado em Mateus 12:39,40) que o único sinal que lhes daria para demonstrar que era HaMashiach, seria seus três dias e três noites sepultado no coração da terra, ou seja, o mesmo tempo que Jonas esteve dentro do grande peixe. Seria isto uma contradição ou há um modo de harmonizar este relato de Yahushua com a relação dos fatos ocorridos?

     Um exame cuidadoso da Palavra de YHWH revelará que não há incompatibilidade, mas completa harmonia. Achar-se-á um esclarecimento definitivo, o qual mostra que Yahushua era verdadeiramente “o Cordeiro de YHWH, que tira o pecado do mundo” [João 1:29]. Além disso, um estudo deste assunto revelará evidência adicional da divina inspiração da Bíblia, e de que YHWH é mui exato em tudo o que faz. Em Jonas 1:17, lemos: “Mas YHWH havia preparado um grande peixe que engoliu Jonas: e Jonas esteve no ventre do peixe por três dias e três noites”. Isto esclarece que Jonas esteve verdadeiramente dentro ou sepultado no peixe, três dias completos e três noites completas, o que equivale a 72 horas. Antes de acontecer isto, Jonas havia entrado num barco para fugir de seu dever, porém o tempo que permaneceu no navio não conta nos três dias e três noites que esteve dentro do peixe. Para fazer o tipo verdadeiro, nós não podemos contar o tempo que Yahushua esteve nas mãos dos judeus e dos romanos. Considere somente o tempo que esteve no túmulo, exatamente três dias e três noites.

QUANDO YAHUSHUA HAMASHIACH FOI COLOCADO NO TÚMULO?

     Ser-nos-ia de grande ajuda, enquanto continuamos o estudo do elemento tempo na morte no madeiro e ressurreição do Mashiach, determinar quando Yahushua foi posto no túmulo. Ele foi colocado ali no mesmo dia que foi morto no madeiro; precisamente na tarde deste dia, próximo ao pôr-do-sol. Com relação a isto, citamos o relato do seu sepultamento como está registrado em Marcos 15:42: “e quando já era tarde (pois era a preparação, isto é, a véspera de Sábado), foi José de Arimateia, membro ilustre do Sinédrio, que também esperava o Reino de YHWH, apresentou-se corajosamente a Pilatos e pediu-lhe o corpo de Yahushua”. O mesmo relato encontra-se em Lucas 23:52-54: “Este foi ter com Pilatos e pediu-lhe o corpo de Yehoshua. Tendo descido envolveu-o num lençol e depositou-o num sepulcro aberto na rocha, no qual ninguém ainda tinha sido sepultado. ... e estava por raiar o Sábado”. Estes versos logicamente fixam uma questão: que dia da semana era este chamado “Sábado”? Que dia era este chamado de “preparação”?

     De acordo com o quarto mandamento do decálogo, como se encontra em Êxodo 20:8-11, o sétimo dia da semana está designado como sábado, o qual segue-se chamado até hoje de sábado. Portanto, se o sábado mencionado em Lucas 23:54 era o sétimo dia da semana (de acordo com o 4º mandamento) bem poderia ser determinado que a sexta-feira (o dia anterior ao sábado) fosse o dia da preparação, mencionado neste mesmo verso. Assim que, por este raciocínio e relato da Escritura, parece que HaMashiach foi crucificado e sepultado na sexta-feira, precisamente antes do pôr-do-sol.

     Esta é a conclusão comumente aceita e, aparentemente, tem fundamento bíblico. Se esta conclusão é correta, HaMashiach não cumpriu a profecia que disse, relacionada a si mesmo. Porque se ressuscitou no domingo de manhã, como geralmente se crê, ele esteve no túmulo somente duas noites e um dia: sexta-feira de noite (uma noite), o dia de sábado (um dia) e sábado de noite (duas noites). Ainda se contássemos o curto período entre o tempo que foi posto no túmulo e o pôr-do-sol como mais um dia, a conta só mudaria para dois dias e duas noites, ou seja, um dia e uma noite menos que o tempo que HaMashiach disse que permaneceria no túmulo. E se não esteve ali o tempo completo que ele prometeu, foi um impostor, porque ele assegurou que este seria o único sinal dado. Qualquer tentativa de contar alguma parte do dia de domingo como outro dia completo, no qual HaMashiach poderia ter estado no túmulo antes de ressuscitar, teria que ser rejeitada, porque o anjo (de acordo com o relato de João 20:1) disse as mulheres que foram ao túmulo antes da saída do sol, que Yahushua já havia ressuscitado e já havia saído. João especifica no seu evangelho que a visita foi feita “... Quando ainda estava escuro”. Portanto, devemos estar seguros de que há algum equívoco com a teoria da morte no madeiro na sexta-feira e da ressurreição no domingo pois Yahushua é o verdadeiro Mashiach e sempre disse a verdade. Assim, é necessário investigar mais profundamente, para encontrarmos uma explicação harmoniosa e real para estes acontecimentos.

QUANDO YAHUSHUA HAMASHIACH DEIXOU O TÚMULO?

Antes de responder a pergunta do subtítulo, faremos outra: quando HaMashiach foi colocado no túmulo?

Procederemos desse modo para melhor entendermos e obtermos respostas claras, porque o tempo em que HaMashiach foi posto no túmulo pode ser determinado considerando-se primeiramente o momento em que ele rompeu sua sepultura. A ressurreição do Mashiach, levantando-se dos mortos foi um acontecimento maravilhoso. Todos os escritores, inspirados pelo espírito de santidade de YHWH,  dos evangelhos, testificam o fato da ressurreição, porém, surpreendentemente, nenhum deles menciona o minuto exato em que houve este acontecimento. Não é correto dizer que a Palavra não nos dá bastante informação sobre o tempo da ressurreição, ou seja, o dia e a parte exata do dia em que ocorreu.

Transcrevamos exatamente o que cada escritor do evangelho nos diz sobre a ressurreição:

MARCOS:“... no primeiro dia da semana, de manhã cedo, chegaram ao sepulcro quando o sol já havia saído. Mas olhando, viram revolvida a pedra, a qual era muito grande. Entrando no sepulcro, viram um jovem sentado do lado direito, vestido de uma túnica branca, e ficaram assustadas. Ele disse-lhes: Não está aqui, eis o lugar onde o depositaram”. [Marcos 16:2-6] 

Nota-se que Marcos não da nenhuma indicação do tempo em que Yehoshua saiu do túmulo. Somente diz que algumas mulheres fizeram uma visita ao túmulo “ao sair do sol”, unicamente para saber que HaMashiach não estava ali.

JOÃOE no primeiro dia da semana, foi Maria Madalena ao sepulcro, de manhã, sendo ainda escuro, e viu a pedra retirada do sepulcro. Correu então e foi Ter com Simão Pedro e com outro discípulo, a quem Yehoshua amava, e disse-lhes: Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde o puseram. Partiu então Pedro com outro discípulo e foram ao sepulcro. Corriam ambos juntos, mas o outro discípulo corria mais do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro. Tendo-se inclinando viu os lençóis postos no chão e o sudário que estivera sobre a cabeça de Yehoshua, o qual não estava com os lençóis, mas dobrado num lugar a parte”. (João 20:1-7)

Que nos ensina esta passagem de Escritura
? Deixa claro que João também não revela quando HaMashiach deixou o túmulo. Limita-se a dizer que os que foram ali antes da luz do sol (quando estava ainda escuro) viram tão somente “a pedra retirada” e que Yahushua já não estava. Note que esta visita foi feita mais cedo que a relatada por Marcos.

LUCAS:“E no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado. E acharam a pedra do sepulcro revolvida. E entrando, não acharam o corpo do Senhor Yahushua. E aconteceu que, estando elas perplexas a esse respeito, eis que pararam junto delas dois varões, com vestidos resplandecentes. E estando elas atemorizadas, e abaixando o rosto para o chão, eles lhes disseram: Porque procurais o vivente entre os mortos? Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galileia”. [Lucas 24:1-6]

Tão pouco Lucas dá algum indício de quando HaMashiach partiu do sepulcro. Somente confirma o relato dos outros escritores: que HaMashiach já havia saído quando as mulheres chegaram. Porém devemos observar que não lemos o relato da ressurreição que nos mostra Mateus no seu evangelho.

MATEUS revela o tempo:No findar do Sábado, ao entrar o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro. E eis que houve um grande terremoto; porque um anjo do Senhor desceu do céu, chegou-se, removeu a pedra e assentou-se sobre ela. O seu aspecto era como um relâmpago, e a sua veste alva como a neve. E os guardas tremeram espavoridos, e ficaram como se estivessem mortos. Mas o anjo, dirigindo-se ás mulheres, disse: Não temais; porque eu sei que buscais a Yahushua, que foi morto no madeiro. Ele não está aqui: ressuscitou, como havia dito. Vinde ver onde ele jazia”. [Mateus 28:1-6]

Nestes versos encontramos que Mateus acrescenta uma informação muito importante referente ao acontecimento, não encontrando contradição alguma no seu relato. Mateus é o único escritor de Evangelho que assinala o tempo de ressurreição. Ele escreve de uma visita feita ao túmulo antes de começar o primeiro dia da semana: “
No findar do Sábado, ao entrar o primeiro dia da semana...” Ele não diz exatamente quanto tempo antes que o dia seguinte começasse, porém está definido que foi á tarde, na última hora do Sábado semanal.

Isto explica completamente porque HaMashiach não estava no túmulo quando o visitaram de manhã ou de madrugada, depois do sábado (ao começar o primeiro dia da semana, hoje chamado domingo).

As mulheres, no relato de Mateus, estavam ali (nas redondezas pelo menos) no tempo da ressurreição, porque Mateus relata que “
houve um grande terremoto: porque o anjo do Senhor, descendo do céu e chegando, havia revolvido a pedra e estava sentado sobre ela...”. Elas, no entanto, não viram realmente que HaMashiach foi levado do túmulo.

Note-se que Mateus
 detalha o tempo de ressurreição com duas expressões diferentes: “no fim do sábado” e “quando começava a amanhecer o primeiro dia da semana” ou “ao entrar o primeiro dia”. Estes são sinônimos, já que o sábado termina no pôr-do-sol. (Leia Gênesis 1)

O Significado da Palavra “Amanhecer”

A palavra amanhecer em Mateus 28:1 merece uma explicação. Embora seja aplicada usualmente como “manhã”, na linguagem bíblica neste caso específico, não indica o tempo de saída do sol, mas o começar de um dia completo de 24 horas.

Primeiramente, Mateus acaba de dizer que era “No fim do sábado...”, isto porque, o sábado termina no pôr-do-sol, portanto, seria impossível neste caso, a palavra “amanhecer”, significar o romper do sol, porque o sol não se levanta senão 12 horas mais tarde. Não poderia ser o fim do sábado e a manhã de domingo ao mesmo tempo.

Em segundo lugar, a palavra amanhecer” foi usada aqui como um verbo e não como um sujeito.Note-se que as palavras não são: “... no amanhecer” mas “...quando começava a amanhecer...” ou “...ao entrar o primeiro dia...” Como verbo, o dicionário de Webster define a palavra amanhecer: ”começar a aparecer, desenvolver, dar promessa, primeira aparência, princípio...”
     Portanto, devemos entender que a ressurreição aconteceu quando o primeiro dia da semana estava perto, iniciando, começando a aparecer, quando o crepúsculo e a grande escuridão deram promessa de um novo dia que iria começar; porém definitivamente antes do findar do sábado semanal.

O termo amanhecer nesta passagem deriva-se da palavra grega “epiphosko”. O “Greek and English Lexicon of the New Testament” de Parkhurst define: aproximar-se, como o sábado israelita, que começa na tarde”. Para confirmá-lo consulte Levítico 23:32 e Neemias 13:19.
Assim, o verbo está claramente usado. Compare Lucas 23:54 e João 19:31 com Deuteronômio 21:22-23 e com a mesma visão pode-se compreender o relato de Mateus 28:1. Ou seja, NA TARDE DE SÁBADO, quando os judeus estavam esperando o princípio do primeiro dia (domingo) da semana.

     A palavra “amanhecer” ou “ao entrar” consiste em um forte obstáculo á ideia de uma ressurreição no domingo de manhã, já que Mateus nos diz que sucediam estas coisas enquanto estava amanhecendo ou aproximando-se o primeiro dia da semana e isto nos prova que o primeiro dia da semana não havia chegado. A ressurreição aconteceu na parte final do sábado.

     Neste ponto, seria conveniente notar como outros homens traduziram Mateus 28:1, ou ao menos uma parte do verso.

A SEGUIR CONSIDEREMOS UM POUCO DESTAS TRADUÇÕES:

Versão revisada e versão americana:”Na tarde de sábado...”
Almeida – Ver. E Atualizada: “No findar do sábado...”
Peshita Syriac:”E no encerrar do sábado...”
Novo testamento da União Americana da Bíblia (Publicada pela Sociedade Publicadora Batista Americana): “Era tarde no sábado...”
Dena Alfred: “E no fim do sábado...”
Rotherman: “Na tarde da semana, quando estava a ponto de amanhecer o primeiro dia da semana...”
Georg Ricker Berry (em seu Novo Testamento Grego Interlinear): “Na tarde de sábado, quando estava escurecendo para o primeiro dia da semana...”
James Moffatt: “No encerramento do sábado, quando o primeiro dia da semana estava amanhecendo...”

A tradução grega (mais antiga que qualquer outro texto grego conhecido), The Sinaitic Palimpset, confirma as traduções citadas: “Na tarde do sábado, quando o primeiro dia da semana amanhecia...”

A cópia grega mais antiga original revela que não há erro na versão do Rei Tiago (Inglês) em Mateus 28:1. O livro de Mateus foi escrito originalmente em hebraico e o que segue é uma tradução imediata dos Versos 1-7Na tarde de sábado, quando estava escurecendo para o primeiro dia da semana, vieram Maria Madalena e a outra Maria para ver o sepulcro. E eis que houve um grande terremoto, porque um anjo de YHWH, vindo, tirou a pedra da porta e estava sentado sobre ela. E sua aparência era como de um relâmpago e seu vestido branco como a neve. E com temor dele, os guardas que cuidavam tremeram e estavam como mortos. Porém o anjo respondendo, disse as mulheres: Não temais, porque sei que procurais Yahushua que foi morto no madeiro. Não está aqui, porque ide logo, dizei aos seus discípulos que já ressuscitou dos mortos”.

Isto fica confirmado que com a “tradução interlinear do Novo Testamento Grego” por George Ricker Berry, Ph.D., Universidade de Chicago e Universidade Colgate, Departamento de Línguas Semíticas.

Assim, a primeira visita, poderíamos estranhar que a ressurreição tivesse ocorrido antes do pôr-do-sol. No entanto, pensando mais detidamente, descobrimos que é exatamente neste momento do dia em que deveria acontecer (e tinha que ser assim) para que as palavras proféticas de Yahushua se cumprissem exatamente.

Até aqui encontramos o tempo aproximado da ressurreição. No fim do sábado semanal. Porém, quando o comparamos com o tempo em que se presume que HaMashiach foi posto no túmulo, a investigação que fizermos sobre o elemento tempo em nosso estudo, aparece ainda confusa. Se HaMashiach, como se diz, foi colocado no túmulo antes do crepúsculo de sexta-feira, e ressuscitou antes do crepúsculo de sábado, Logo esteve no túmulo somente 24 horas, ou seja um dia e uma noite. Isto não pode ser verdade, porque então não teria sentido nenhum dizer que “o terceiro dia desde que aconteceu...” (Lucas 24:21).

Yahushua disse que estaria no túmulo três dias e três noites. Portanto visto que ele ressuscitou no fim do sábado, temos somente que contar para trás até o tempo que ele profetizou que estaria ali, para determinar quando foi posto no sepulcro. Esta conta para trás nos leva precisamente ao crepúsculo de quarta-feira, o que significa que Yahushua foi morto no madeiro neste dia e não na sexta-feira. Agora se pode ver claramente porque trabalhamos tanto com perguntas referentes ao tempo em que HaMashiach saiu do túmulo, para poder dar a resposta a pergunta anterior: quando Yahushua HaMashiach foi posto no túmulo?

Porém... poderia perguntar-se: Como pode isso? Como poderia HaMashiach ser morto no madeiro na quarta-feira, quando está claramente o dia da preparação para o sábado?

João, o Evangelista – nos dá a resposta: “Então os judeus, porque era véspera da Páscoa, para que os corpos não fossem retirados da cruz no sábado, pois era o grande dia de sábado [embora os judeus realizassem a sua Páscoa no dia errado 15 de Abib]rogaram a Pilatos que lhes quebrassem as pernas e fossem retirados” (João 19:31). Isto mostra que HaMashiach foi morto no madeiro um dia antes do chamado “grande dia de sábado” pelos judeus até o dia de hoje. Este era o sábado, sétimo dia da semana? Não, não era. Não podia ser, porque o sábado semanal designava como descanso nas Dez Palavras, nunca se lhe chamou ou referiu como sendo “um grande dia”.

E importante notar que a Palavra menciona outros dias como “sábado” e que estes não correspondem ao sétimo da semana, dos quais nos ocuparemos mais adiante.

Alguns argumentam que esse “grande dia sábado” especial ocorreu no mesmo dia do sábado semanal. Não pode ser este o caso, porque pode se provar simplesmente pelos registros astronômicos, que a lua cheia aconteceu, no ano da morte do Mashiach, na terça-feira – 13 de Abib, às 2 da tarde (este dado foi comprovado e corroborado pelo Observatório Naval dos Estados Unidos, e pelo Astronomer Real Britânico).

Agora, é de suma importância recordar que a PÁSCOA sempre ocorreu no dia seguinte da noite de lua cheia. E o dia seguinte da lua cheia neste ano da morte do Mashiach foi precisamente na quarta-feira, 14 de Abib. Portanto a Páscoa não pode ter sido neste ano em um sábado semanal.

 Abib é o mês bíblico que corresponde à parte do mês de Março e uma parte do mês de Abril do nosso calendário. Os dias da semana são os mesmos nos dois calendários. Quarta-feira no hebreu é quarta-feira no Gregoriano.

DOIS SÁBADOS NAQUELA SEMANA

Com uma simples comparação de textos, podemos provar que na semana da morte de Yahushua, ocorreram dois sábados: o primeiro dia dos ázimos, que caia no dia 15 de Nisan (Abib) e que neste caso, foi na quinta-feira e o sábado sétimo dia da semana. Para melhor entendermos, tomaremos um fato ocorrido neste período, ou seja, a compra de material e o preparo das especiarias, para se ungir o corpo do Mashiach. Vejamos quando isto ocorreu, segundo o relato de Lucas 23:54-56: “E era o dia preparação, e amanhecia o sábado. E as mulheres, que tinham vindo com ele da Galileia, seguiram também e viram o sepulcro, e como foi posto o seu corpo. E, voltando elas, prepararam especiarias e unguentos, e no sábado repousaram, conforme o mandamento”. Por esta passagem fica certa a ordem de acontecimento das coisas:

a) Já estava terminando o dia da preparação, com o pôr-do-sol e começando o sábado. Já não havia mais tempo para comprar e preparar as especiarias para ungir o corpo do Mashiach, pois já era sábado (o feriado da festa dos pães asmos).

b) O verso 54, no entanto, fala que elas, as mulheres, preparam tudo antes do sábado e que repousaram neste dia, conforme ordenava o mandamento.
Como entender isto? Se já estava iniciando o sábado, como e quando elas compraram e fizeram os preparativos se o verso final nos prova que elas observaram o sábado. Difícil, não?

Comparemos agora o mesmo assunto com o descrito em Marcos 16 verso 1: “E, passado o sábado, Maria Madalena e Maria mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo”. Este texto parece complicar mais, todavia é aqui que se esclarecem os fatos, pois fala que as mulheres foram comprar as especiarias DEPOIS do sábado. Lucas, no verso 54 nos disse que este preparo ocorreu antes do sábado e Marcos disse que foi depois! Como harmonizar as coisas? A grande esclarecedora verdade é que naquela semana houveram dois sábados: um cerimonial, ocorrido na quinta-feira, ou seja, o primeiro dia da grande festa dos ázimos e o outro, o sétimo dia da semana, ou o sábado citado pelo quarto mandamento do decálogo divino. Assim que Yahushua morreu no dia 14 de Abib, uma quarta-feira, também considerado dia da preparação; foi sepultado no final deste dia, próximo ao pôr-do-sol, portanto já quase na virada para a quinta-feira, que por sua vez era o dia 15 de Abib quando iniciava a festa dos ázimos, um sábado (feriado) cerimonial e festivo. Foi depois deste sábado cerimonial ou quinta-feira, que as mulheres compraram e prepararam as especiarias (na sexta-feira), o que harmoniza com Marcos 16:1. Uma vez preparado o material para ungir o corpo do Mashiach, o que certamente se aprontou na sexta-feira, no sábado, sétimo dia da semana, repousaram conforme o preceito da Lei (o que prova que os primitivos discípulos eram sabatistas) e no primeiro dia da semana foram cedo para fazer a santa unção. Isto harmoniza também Lucas 23:54 e 24:1 com Marcos 16:1-2. Portanto fica claro que naquela semana houveram dois sábados, dissipando-se assim quaisquer possíveis dúvidas no assunto.

OUTROS DIAS CHAMADOS “SÁBADOS”

 Observe-se que a Bíblia fala de outros dias que não sendo o sétimo dia da semana, também recebem o nome de “sábados”. Por exemplo, encontramos um dia diferente chamado sábado no seguinte versículo: “... fala aos filhos de Yisrael e diz-lhes: No sétimo mês, ao primeiro do mês tereis descanso (SÁBADO), uma comemoração ao som de trombetas e uma santa convocação...” (Levítico 23:24), se lermos o versículo 39 encontraremos mencionado outro sábado: “porém aos 15 dias do sétimo mês, quando tiverdes recolhido o fruto da terra, celebrareis a festa de YHWH por sete dias, o primeiro dia será descanso (SÁBADO); descanso (SÁBADO) será o oitavo...”, um texto que em nossas versões esclarece melhor os dias de descanso nas festas fixas, eram chamados sábados, se acha em Levítico 23:32, ao dizer que o dia 10 do sétimo mês seria um sábado para Israel: “ Sábado de descanso vos será...aos nove do mês á tarde, duma tarde a outra tarde, celebrareis o vosso sábado”. Se esta era uma data fixa, é óbvio que podia cair em qualquer dia da semana e que seria um sábado, um sábado cerimonial.

Poderíamos ainda elucidar este assunto, com uma passagem que menciona um sábado denominado segundo primeiro. Que seria isto? Certamente que este sábado não era o semanal, sétimo dia, mas um sábado cerimonial. Por que segundo primeiro? Porque era um sábado secundário (não o principal, o de YHWH), mas que caia primeiro, na semana, antes do sábado de YHWH. Ver Lucas 6:1. Assim é evidente e fácil de compreender que estas festas em datas fixas eram celebradas em qualquer dia da semana e que os dias em que não se trabalhavam eram considerados sábados (feriados).

Quando verificamos algumas passagens da primeira aliança, pertencentes à instituição da Páscoa (14 de Abib) e da festa dos pães sem fermento (15 de Abib) que vem em seguida, encontramos, porém, outro dia chamado sábado e este é precisamente o SÁBADO ou “grande dia” a que João se referiu no capítulo 19:31, citado anteriormente. Assim, é indispensável determinar com que significado as Escrituras citadas pode-se ver que o sábado que veio no dia seguinte ao que HaMashiach foi morto no madeiro, não foi o semanal dia de sábado (o sétimo dia da semana), de acordo com o quarto mandamento.

(Neste ano da morte de Yehoshua foi uma quinta-feira (15 de Abib – a festa dos pães ázimos) e biblicamente chamou-se sábado ou “o grande dia”).

O SÁBADO DE PÁSCOA

HaMashiach foi morto no dia 14 do primeiro mês Hebreu, chamado de Nisan ou Abib (o mesmo dia no qual o cordeiro da Páscoa era sacrificado sob a antiga aliança – Leia Êxodo 12:1-6)  e isto podia acontecer em qualquer dia da semana. O dia seguinte á morte do cordeiro da Páscoa, sempre era chamado de “sábado”. Isto determinamos com os seguintes versículos: “...No primeiro mês, aos quatorze do mês, pela tarde, é a Páscoa de YHWHE aos quinze deste mês é a festa dos ázimos. No primeiro dia tereis a santa convocação: nenhuma obra servil fareis...” (Levítico 23:5-7)

     Aqui o décimo quinto dia chama-se sábado, e era “uma santa convocação”, o qual contrasta com o versículo 24 ”... ao primeiro do mês terei sábado, uma comemoração ao som de trombetas”. Uma santa convocação significa um descanso.

     Era um tempo em que (nenhum trabalho de qualquer natureza) deveria ser feito. Isto era um sábado. Por isso pode se ver que o dia seguinte da morte de HaMashiach, o  qual Lucas chama “o sábado” (Lucas 23:54), teria por necessidade que corresponder ao dia seguinte da Páscoa, de acordo com Levítico 23, e sendo sábado, não era sétimo dia – o sábado semanal.
 O dia da morte no madeiro foi chamado de “a preparação” para o Sábado dos Pães Àzimos que imediatamente seguia a festa da Páscoa (a qual os judeus juntaram com a dos pães àzimos e assim o fazem até o dia de hoje, contrariando o mandamento de YHWH) que imediatamente lhe seguia, e não foi necessariamente uma sexta feira da semana. Neste ano particularmente, o dia da “preparação” foi quarta feira. (Mais tarde o verificaremos).

O dia da morte no madeiro foi chamado de “a preparação” para o Sábado da Pães asmos que imediatamente seguia a festa da Páscoa (a qual os judeus juntaram coma dos pães asmos e assim o fazem até o dia de hoje, contrariando o mandamento de YHWH) que imediatamente lhe seguia, e não foi necessariamente uma sexta-feira da semana. Neste ano particularmente, o dia da “preparação” foi quarta-feira. (Mais tarde o verificaremos).

Yehoshua morreu por volta das três horas da tarde deste dia, e justamente antes do crepúsculo deste mesmo dia foi posto no túmulo. Setenta e duas horas mais tarde (ou três dias e três noites) cumpriram-se antes do crepúsculo do sétimo dia - Sábado semanal, o qual foi o tempo (de acordo com Mateus 28:1) em que o anjo abriu o túmulo e disse: “Não temais vós, porque eu sei que procurais a Yehoshua, que foi morto no madeiro. Não está aqui porque já ressuscitou, como disse. Venham, vede o lugar onde foi posto o Mashiach”. [versos 5, 6].

O TEMPO QUE ESTARIA NO SEPULCRO

Agora prosseguiremos nosso estudo considerando versículos relacionados com o tempo do sepultamento de HaMashiach. Esse tempo é referido nos Evangelhos de três modos diferentes, como segue:
1- Yehoshua “estaria três dias e três noites no coração da terra” (Mateus 12:40)

2- Ele “ressuscitou ao terceiro dia” (Mateus 16:21 e ver também 17:23 e 20:19 e Lucas 9:22)

3- Yahushua havia dito: “depois de três dias me levantarei outra vez” (Mateus 27:63 e Marcos 8:31)

Sabendo que a Palavra de YHWH é divinamente inspirada e sem contradição, deve existir completa harmonia entre estes três períodos de tempo designados, e especialmente entre os termos: “ao terceiro dia” e “depois de três dias”. E aqui temos: a referência (nesses versículos) sobre o tempo que HaMashiach estaria no túmulo, de nenhuma maneira se põe em evidência ou contradiz a doutrina da morte no madeiro na quarta-feira e ressurreição no fim do sábado (justamente antes do crepúsculo). Os versículos harmonizam com esta verdade de modo maravilhoso e mostram a exatidão da Palavra de YHWH.

“RESSUSCITADO AO TERCEIRO DIA”

     Como pôde Yahushua ter estado no túmulo três dias e três noites e ressuscitar no terceiro dia? Esta pergunta é facilmente respondida. Ele foi posto no túmulo numa quarta-feira (antes do crepúsculo). Vinte e quatro horas mais tarde se cumprem justamente antes do crepúsculo de quinta-feira, o qual marca o primeiro dia que estava no túmulo. Contando da mesma maneira, sexta-feira foi o segundo dia e o sábado (antes do crepúsculo – 72 horas mais tarde) foi o terceiro dia. Dias completos de 24 horas que ele esteve sepultado, para sair do sepulcro no sábado semanal justamente antes do crepúsculo.

“DEPOIS DE TRÊS DIAS”

Outra vez: como Yahushua poderia ter ressuscitado ao terceiro dia e ao mesmo tempo deixar o túmulo depois de três dias? Esta é a resposta: De acordo com Mateus, HaMashiach deveria estar no túmulo três dias e três noites (72h). Assim cumprindo este período de tempo, diz-se depois, que ele havia estado ali três dias. Ele não se levantou antes que os três dias expirassem. Porém, sobrava um tempo de claridade ainda do dia, depois que passou o tempo especificado e o crepúsculo terminara, para que fizesse sua saída do túmulo e fizesse-a no terceiro dia. Portanto, achamos perfeita harmonia nas três definições de tempo, tudo em seu exato minuto, como sabemos que YHWH tudo o faz. B’ Hashem!

“O TERCEIRO DIA DESDE...”

     Há mais uma referência no fator tempo, que está ligada a morte e ressurreição de HaMashiach. Esta foi feita por um dos homens que iam caminhando para uma vila chamada Emaús, no dia seguinte da ressurreição, enquanto Yahushua (não o identificaram logo) juntou-se e andou com eles. Iam, desconsolados, falando dos acontecimentos recentes que envolviam a morte e ressurreição de Yahushua, quando disse: “E nós esperávamos que fosse ele que remisse Yisrael, mas agora, sobre tudo isso, hoje já é o terceiro dia que estas coisas aconteceram...” (Lucas 24:21).

Notamos anteriormente que em vários versículos está relatado que Yahushua ressuscitaria no terceiro dia depois de sua morte no madeiro e sepultamento. Se este terceiro dia mencionado por um dos discípulos que iam a Emaús era o terceiro dia depois de que Yahushua foi posto no túmulo, a conclusão seria que a ressurreição ocorreu no primeiro dia da semana. Isto apresenta uma direta contradição com os relatos considerados em outros versículos da Palavra de YHWH. Um deles, ao sinal de Jonas, e o outro: o relato feito por Mateus de que HaMashiach não foi encontrado no túmulo no final do sábado. Observaríamos ainda, que este não é um relato contraditório feito por Lucas 24:21, como se pode ver observando exatamente o que diz no versículo que estamos considerando.

     Isto apresenta uma direta contradição com os relatos considerados em outros versículos da Bíblia. Um deles, ao sinal de Jonas, e o outro: o relato feito por Mateus de que HaMashiach não foi encontrado no túmulo no final do Sábado. Observaríamos ainda, que este não é um relato contraditório feito por Lucas 24:21, como pode-se ver observando exatamente o que diz no versículo que estamos considerando. 

     Quando o analisamos podemos ver que não somente NÃO É UMA CONTRADIÇÃO, mas que é impossível que o domingo tenha sido “o terceiro dia desde que”, “o depois” seguindo o dia da morte no madeiro de HaMashiach. Por quê? Porque se o domingo (primeiro dia da semana) foi o terceiro dia depois da morte no madeiro, não teria acontecido na sexta-feira, deveria ter ocorrido na quinta-feira, porque se o domingo era o terceiro dia depois, então seguindo o raciocínio anterior, ou seja, contando para trás – o sábado seria o segundo dia e a sexta-feira o primeiro dia depois da morte no madeiro, não o dia do acontecimento.

Seria absurdo e fora de harmonia com o entendimento comum e a dicção gramatical, dizer que o dia em que HaMashiach, foi morto no madeiro, era o primeiro dia depois (ou desde) que foi feito. Isto não tem sentido. Certo?

Agora, mostraremos, analisando o que o discípulo disse, que nem complica o assunto, nem faz de modo nenhum contraditório aos relatos de outras partes da Palavra de YHWH. Embora o versículo que citamos seja usado geralmente para fundamentar a crença de que HaMashiach ressuscitou no domingo, não o confirma. O discípulo não disse “... hoje é o terceiro dia depois da crucificação e morte de Yahushua...” ele disse assim: “... hoje é o terceiro dia que isto aconteceu...” de tal modo que o primeiro é indispensável definir a que se refere: “que isso aconteceu” (Lucas 24:21).

Aparentemente os homens estavam falando de outras coisas além da morte no madeiro e sepultura de Yahushua, porque lemos no verso 14: “E iam falando entre si de todas aquelas coisas que tinham acontecido...”. Isso havia incluído tudo o que havia sido feito em relação à morte e sepultamento de Yahushua. Algo que foi feito por último, constituiu no selamento da pedra que fechou o túmulo e o estabelecimento da guarda que cuidou do sepulcro com severa vigilância, e conclui-se no dia seguinte de sua morte, que era quinta-feira (o selamento e a vigilância), como a leitura dos seguintes versos: “E no dia seguinte, que é o dia seguinte depois da preparação, reuniram-se os príncipes e sacerdotes e os fariseus em casa de Pilatos, dizendo: Senhor lembramo-nos de que aquele enganador, vivendo ainda, disse: Depois de três dias ressuscitarei. Manda, pois, que o sepulcro seja guardado com segurança até o terceiro dia, para que não venham seus discípulos de noite e o furtem, e digam ao povo: Ressuscitou dos mortos; e assim o último erro será pior do que o primeiro”. E disse-lhes Pilatos: “tendes a guarda, ide guardai-o como entenderdes. E, indo eles asseguraram o sepulcro com a guarda, selando a pedra”. [Mateus 27:62-66]. Assim, o tempo a contar dos dias posteriores, seria desde o dia em que a última coisa foi feita, relacionada com a morte no madeiro, e esta era a que acabamos de assinalar: o selo do túmulo e o estabelecimento da guarda. Acontecimento ocorrido na quinta-feira. De tal maneira que a sexta-feira havia sido o primeiro dia depois; o sábado o segundo dia depois e o domingo o terceiro dia depois de que “todas estas coisas aconteceram”.

OUTRAS VERSÕES ESCLARECEM

Nem todos costumam aceitar as verdades da Palavra de YHWH sem alguma resistência. Na verdade, a grande maioria não aceita mesmo, ainda que se lhes prove com muitos argumentos. Assim, decidimos incorporar mais este pensamento, baseado em outras versões que, sem dúvida, serão um reforço a mais no assunto. Lucas 24:21:

E nós esperávamos que fosse ele o que remisse Yisrael; mas agora, sobre tudo isso, é já hoje o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram”. (Versão Almeida Revista e Corrigida). Conforme já explicado, esta passagem, de forma em que foi traduzida e considerando-se os três dias e as três noites, poderiam nos levar a entender que Yahushua teria morrido na quinta-feira, pois ai sexta seria o primeiro dia; sábado, o segundo e domingo, o terceiro dia. Todavia, vejamos o mesmo texto em outras versões:

são agora três dias desde que estas coisas ocorreram...” (El Nuevo Testamento del Siglo Veinte)
e eis aqui três dias tem passado desde que todas estas coisas ocorreram...” (Versão Peshitto Siríaca). Obs: esta versão é considerada a mais antiga do mundo, antes mesmo que qualquer texto grego conhecido pelo homem.

“... hoje (são) três dias desde que todas estas coisas aconteceram”. (The Curetonian Syriac) outro antigo manuscrito.

Conclusão: Nenhuma dessas conceituadíssimas versões, dizem que aquele “domingo” fosse o terceiro dia, mas que já haviam passado três dias, o que, sem dúvida, muda a situação.

POR QUE ESTE ESTUDO?

Porque estudamos este assunto com todos os detalhes? Faz realmente alguma diferença o dia em que HaMashiach foi morto no madeiro e o dia em que ele ressuscitou? Não é certo que a coisa mais importante é crer que Yahushua morreu por nós e ressuscitou para que tenhamos vida eternamente! Sim, é verdade o que ele fez por nós é vital e importante, e, independente dos fatores incluídos, é de maior importância que o fator tempo. Porém, visto que outros fatores estão incluídos, o elemento tempo também é vital. Além disso, dá grande satisfação saber que cremos e ensinamos a verdade doutrinal, já que é a falta de entendimento sobre este assunto que tem conduzido a muitos falsos ensinamentos.

A Observância do Domingo – Um Falso Ensinamento

Sustentamos que a observância do domingo como dia de repouso e adoração, tem seu princípio derivado do ensinamento de que Yahushua ressuscitou dos mortos num domingo, o qual deixa esta doutrina sem base, quando vemos que as Escrituras realmente trazem o que diz respeito ao fator tempo da morte no madeiro e ressurreição do Mashiach. Quando lhes perguntamos por que observam o domingo como sábado, a maioria responde: porque Yahushua ressuscitou nesse dia. Essa é a causa que vemos das pessoas mudado o mandamento de UL, e perdendo Sua Divina benção, por um mal entendido (ou falta de conhecimento da Sua Palavra sobre o verdadeiro tempo da ressurreição). Por isso a necessidade de preparar e publicar este estudo.
O PROFETA DANIEL DISSE: “... haveria um poder (humano) que mudaria os tempos e a lei...” (Daniel 7:25). Uma prova disso é que o domingo substituiu o sábado como dia de repouso do trabalho e se tornou dia de adoração. Essa mudança foi feita por homens, porque não há mandamento escritural para a mudança. É perigoso adaptar nosso culto á UL e a HaMashiach de acordo com a doutrina humana e estabelecer nossa fé de acordo com os ensinamentos dos homens. Yahushua chamou isso de vã adoração. Ele disse: “Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas e mandamentos de homens...” [Mateus 15:9]. Assim, se pudesse se provar que Yahushua ressuscitou no domingo (o que não pode ser), isto não constituiria uma base para mudar o mandamento de observar o sábado como dia de repouso, e estabelecer um novo dia para descanso e oração, porque não há nenhuma insinuação na Palavra de YHWH de que o dia no qual HaMashiach ressuscitou seria consagrado, santo, sagrado ou dia santificado ou ainda um dia usado para culto público ou privado, ou para repouso. Não há a mínima insinuação escritural de que o dia da ressurreição de HaMashiach fosse recordado ou celebrado de algum modo especial. Portanto, o tempo da ressurreição de HaMashiach não dá nenhuma razão para guardar o domingo ao invés do sábado.
A OBSERVÂNCIA DA CHAMADA “SEXTA-FEIRA SANTA”
Outro resultado do falso ensinamento sobre a morte e ressurreição de HaMashiach é a “Sexta-feira Santa”. Cada ano a maioria das “igrejas” tem um serviço especial na sexta-feira anterior à chamada Páscoa Florida (domingo da ressurreição). Este dia é designado como “Sexta-feira Santa” e é lembrado como o dia da sua morte.
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Depois de ter lido até aqui neste tratado sobre este assunto, e havendo comparado cuidadosamente os relatos feitos com a Palavra de YHWH, não é difícil ver que não há fundamento escritural para a observância festiva desse dia. É verdade que HaMashiach ensinou que deveríamos recordar sua morte. Para isso ele mesmo instituiu uma cerimônia que cobrisse esse propósito, ao qual Paulo se refere como “A CEIA DO SENHOR” (1Coríntios 11:20). E essa é uma noite em que se tomam o pão sem fermento e a sangria das uvas, símbolos do seu corpo rompido e seu sangue derramado. Yahushua HaMashiach instituiu esse serviço durante a noite em que foi traído (a mesma noite do dia em que foi morto no madeiro (na parte escura da Páscoa judaica) e não no dia em que ressuscitou. Portanto, tomar a comunhão no domingo é também sem justificação Escritural. Parece que os que creem que HaMashiach foi crucificado na sexta-feira deveriam ao menos tomar a comunhão nesse dia (porém, tão pouco é assim).

A “Sexta-feira Santa” é outra instituição dos homens. HaMashiach não foi morto na sexta-feira, como claramente mostramos (mas sim, na quarta-feira). De qualquer forma, isto não significa que a quarta-feira é o dia que se deve observar sempre como o dia da sua morte. A data do sacrifício é a mesma (14 de Abib), porém o dia da semana em que cai é variável.

SOBRE O DOMINGO DA PÁSCOA (OU DIA DA RESSURREIÇÃO)

Visto que mostramos que HaMashiach não ressuscitou no domingo, não há razões escriturística para a observância do “Domingo de Páscoa”, embora pela tradição seja um dos dias mais importantes e especiais na maioria das “igrejas” da cristandade. Demonstramos que HaMashiach ressuscitou no túmulo antes do crepúsculo do sábado, ou seja, o dia que precede o domingo. As cerimônias religiosas do “Domingo de Páscoa”, efetuadas antes da saída do sol, são completamente antibíblicas. Não há exemplo, mandato ou ensinamento na Bíblia para a celebração da ressurreição de HaMashiach e assim já o demonstramos. Observar a Páscoa como um dia especial, sagrado, religioso e celebrá-lo (entre outras coisas) escondendo ovos (e suas cascas) coloridos para que as crianças procurem, fazendo as crer que os coelhos os puseram, é muito inconsciente, pra dizer o mínimo. É engano e um infamante pecado.

CONCLUSÃO

Apresentamos a verdade relativa ao fator tempo na morte e ressurreição do Mashiach, porque pensamos que é importante. Yahushua para provar sua afirmação de ser HAMASHIACH, colocou como único sinal, o sinal de Jonas (Mateus 12:38-40), onde determinantemente ele expressa que estaria no túmulo “três dias e três noites”. Com o entendimento adquirido, conte você da tarde do dia de quarta-feira (hora em que HaMashiach foi posto no túmulo) até a tarde de sábado (hora que Yahushua ressuscitou) e terá perfeitamente o cômputo do “sinal de Jonas: três dias e três noites”. Que maravilhosa harmonia e completo cumprimento encontramos na Palavra de YHWH, quando temos o devido entendimento!

Vocês estão convidados para fazer o que a Palavra de YHWH nos diz das pessoas de um lugar chamado Bereia. Elas foram: “mais nobres que os de Tessalônica, pois receberam a palavra com toda solicitude, esquadrinhando todos os dias as Escrituras, SE ESTAS COISAS ERAM ASSIM...” [Atos 17:11]. Investigue a Palavra, estude-a cuidadosamente, de modo que você esteja pessoalmente convencido de que interpretamos corretamente a Palavra de YHWH.

FIM
A CONGREGAÇÃO www.acongregacao.org.br 

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