sábado, 6 de abril de 2013

História e Bíblia mostram “maldição” contra África, diz Feliciano em defesa


A frase usada no Twitter que tem rendido ao deputado federal pastor Marco Feliciano (PSC-SP) o título de racista foi explicada ao Supremo Tribunal Federal por meio de seu advogado, Rafael Novaes da Silva, que voltou a citar o livro de Gênesis.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, denunciou a frase postada no microblog em 2011 e então a defesa do deputado precisou apresentar suas provas de que não houve crime de racismo.
Novaes da Silva esteve no STF em 21 de março para dizer que a interpretação dita pelo deputado na rede social é bíblica.
“Ao comentar acerca da maldição que acomete o continente africano e do primeiro caso de homossexualismo da humanidade, o parlamentar denunciado na verdade discorreu sobre a crença dos cristãos de os problemas e obstáculos não surgirem necessariamente de atos do governo e ou empresários, mas do Céu, ou seja, como se a humanidade expiasse por um carma, nascido no momento em que Noé amaldiçoou o descendente de Cão [Cam] e toda sua descendência, representada por Canaã, o mais moço de seus filhos, e que tinha acabado de vê-lo nu”, diz o texto da defesa.
Nos tuites seguintes Feliciano teria afirmado que a maldição de Cão, que teria gerado os primeiros moradores da África, foi “quebrada na Cruz de Cristo”. Todas as mensagens daquele dia teriam base teológica como diz a defesa.
“A linguagem metafórica com que vários ensinamentos cristãos são divulgados só confirma como as manifestações do parlamentar denunciado possuem natureza teológica”, explica a defesa que também diz que o deputado “vem sendo vítima de uma perseguição fria e calculista por uma simples interpretação teológica”.(por Leiliane Roberta Lope)

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