segunda-feira, 30 de julho de 2012

Ainda a respeito de dízimo (Segunda parte)


Ainda falando do “devorador”:

Muitos tem pregado que o Dízimo é uma “proteção” das finanças contra o demônio chamado “devorador”. Este devorador, é bom que se diga que não se trata de um “demônio”como muitos dizem. Isto é um erro grosseiro de interpretação da Bíblia. Vamos analisar:




No verso 11 fala de um devorador na forma de “juízo de Deus”, são pragas nas plantações. O contexto deste verso está, além das passagens anterior e posterior a este versículo, também em Dt 28:38 onde este “gafanhoto” faz parte dos “castigos da desobediência”, veja: “Lançarás muita semente ao campo; porém colherás pouco, porque o gafanhoto a consumirá.” Isto é uma das muitas conseqüências da desobediência do povo de Israel se caso desobedecesse os mandamentos do Senhor.


Para verificar que este gafanhoto é um instrumento de juízo do Senhor, veja também em Joel 1:4 e principalmente Amós 7:1, veja este último o que diz: “Isto me fez ver o Senhor Deus; eis que ele formava gafanhotos ao surgir o rebento da erva serôdia; e era a erva serôdia depois de findas as ceifas do rei.” Note a relação “Desobediência e Juízo de Deus como conseqüência”.


Uma cadeia de equívocos interpretativos ocorre, pois quando lemos estes quatro versos (8, 9 ,10 e 11) com a devida atenção fica claro que o contexto é de bênçãos materiais e não espirituais. Abastança! Colheita farta! Frutos na vide! Sem devorador! Sem gafanhotos destruindo as lavouras. O tema é benção material e não saúde, paz, amor e esperança!

Deus não muda e uma desilusão hermenêutica poderá levar a outros erros em série. O fim será uma forte decepção com a religião e com Deus que nenhuma culpa tem neste processo. Mudaram o texto. Distorceram as palavras de Malaquias! Mas o nosso Deus continua sempre o mesmo!

ADVERTÊNCIA FINAL

Os líderes tem a responsabilidade de guardar e de manter o conhecimento. Pastores e líderes devem passar para o povo a instrução correta, pois são os depositários da verdade. Precisam parar de ensinar heresias, distorcendo textos aqui e acolá. Os "sacerdotes" modernos precisam assumir o papel de mensageiros do Senhor dos Exércitos. Não podem enganar os filhos de Deus. Onde está a coragem sacerdotal para dizer à igreja toda a verdade do livro de Malaquias? “Mas vós desviastes do caminho e a muitos fizestes tropeçar...” Mal 2:8


Quanto a nós cristãos membros comuns da igreja, não somos ladrões. Não estamos furtando a Deus. Estamos livres em Cristo vivendo felizes sob o novo concerto. A graça de Jesus já nos libertou destes dogmas. Altar de incenso, circuncisão, dízimos são temas do velho concerto. Nós vivemos numa outra época. “Cada um contribua segundo o seu coração. Não com tristeza ou por necessidade, pois Deus ama o que dá com alegria”. (II Cor. 9:7).

A superstição criada pela doutrina do dízimo não condiz com a mensagem de liberdade do novo concerto. A crença de que seremos amaldiçoados se não dermos dez por cento de nossos salários à igreja é um engodo e tanto. Superstição. Simplesmente superstição. Não importa qual seja o ritual.
Algumas pessoas usam ferraduras atrás da porta, outros andam com folhas de arruda sobre a orelha e muitos cristãos dão dízimos de seus salários para afastar as maldições de Malaquias.
 superstição é uma ferramenta perfeita nas mãos de líderes religiosos. Sempre foi assim. Na idade média as pessoas acreditavam que comprando indulgências escapariam do purgatório indo diretamente para o céu. Quanto dinheiro o clero medieval não amealhou durante séculos explorando a crendice supersticiosa de milhões de sinceros!

Hoje líderes religiosos árabes enganam jovens humildes com a “Doutrina da Guerra Santa”. Eles criaram a superstição que garante o Céu aos muçulmanos que morrerem em combate. Ser um homem bomba suicida é lucro. É passaporte garantido para o paraíso eterno.


A SUPERSTIÇÃO é a contramão da GRAÇA. A superstição manda cumprir exigências a fim de se livrar das conseqüências. A graça já nos fez conseqüências. Somos a conseqüência do amor de Deus. Ele tomou a iniciativa e cravou a lei cerimonial na cruz declarando que somos livres!

conteceu com os discípulos e acontecerá com você. Embora fossem judeus não eram judeus. Você consegue imaginar Pedro, Tiago e João pagando dízimos ao Templo, a instituição corrompida que matou Jesus?
Eles eram homem livres. Os rebentos do novo concerto. Tinham um ministério de auto-sustentação descompromissado com o sistema judaico. O único discípulo de Jesus a ganhar dinheiro da “Obra” (do Templo) foi Judas Iscariotes. Os sacerdotes pagaram-lhe trinta moedas pela traição fatal. Coincidência ou não, era ele também um grande ladrão!
E o que diz a História?
O dízimo foi reintroduzido na Igreja como meio de sustentar o clero através de um decreto do rei Carlos Magno (785 d.c) Já não davam ao povo uma opção 2013 eram tributados para o sustento da igreja quer gostassem, quer não. Antes não existia essa pratica na Igreja segundo a história nos relata.

E o que diz o novo testamento?

É surpreendente descobrir, que em nenhuma ocasião, o dízimo é mencionado em nenhuma das instruções dadas à igreja. Jesus mencionou escribas e fariseus que dão o dízimo, mas nunca mandou seus discípulos darem o dízimo. O escritor aos hebreus se refere a Abraão que pagou os dízimos, e a Levi que pagou seu dízimo a Melquisedeque através de Abraão. Mas nunca ensinou seus leitores a seguirem o exemplo deles

Paulo escreve acerca do repartir as posses materiais para cuidar das necessidades dos pobres ( 1 co 16:1-3; 2 co caps 8-9; ef 4: 28) e para sustentar o ministério cristão (1 co cap. 9). Insiste na generosidade e a recomenda (2 co 9: 6; 8:1-5) mas nunca exige, nenhuma só vez, como mandamento da parte de Deus, que qualquer montante específico seja dado. A totalidade do vocabulário especial de Paulo acerca das contribuições (Charis,=Graça, 1 co 16: 3, coynonia= comunhão,2 co 8:4; diakonia= serviço,2 co 8:4,9:1; eulogia=louvor, benção 2 co 9:5, e seu ensino explícito sobre o assunto (romanos 15:25-28;1 co 9:8-18;2 coríntios caps 8-9) indicam que, para o cristão a contribuição é voluntária ,um ato da livre vontade, o compartilhar não compulsório das suas posses materiais, sem montante estipulado como seria uma taxa ou um dízimo. 
Autor da exegeseMarcelo Siqueira Barreiros)










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