sábado, 31 de agosto de 2013

A intolerância bíblica. Quando?


 Gostaria de enfatizar esta verdade, asseverando que existe, na fé da Palavra do caminho (daqueles que são convertidos a Yahushua e não ao cristianismo criado por Roma), um lado de intolerância. Vou mais além e afirmo que, se não temos visto este lado intolerante da fé, provavelmente nunca vimos verdadeiramente a fé. Existem muitos mandamentos nas Escrituras que substanciam a afirmativa de que colocar mais alguém ao lado de Yahushua, ou falar de salvação a parte dele, ou sem que ele seja o centro dela, é traição e negação da verdade. O apóstolo Pedro, dirigindo-se ao sinédrio em Jerusalém, disse: "... porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos". (Atos 4:12).

Todo falso ensinamento deve ser  combatido. A segunda aliança nos diz que assim fez nosso Mashiach e todos os apóstolos, e que eles se opuseram e advertiram as pessoas contra isso. Mas pergunto novamente: isto é realizado hoje? Qual sua atitude pessoal quanto a isso? Acaso é você uma daquelas pessoas que diz que não há necessidade dessas negativas, e que deveríamos estar contentes com uma apresentação positiva da verdade

Você concorda com aqueles que dizem que um espírito de amor é incompatível com a denúncia crítica e negativa dos erros gritantes, e que temos de ser sempre positivos? A resposta mais simples a tal atitude é que o Mashiach Yahushua denunciou o mal e os falsos mestres. Repito que ele os denunciou como "lobos vorazes" e como "sepulcros caiados" e como "guias cegos". O ministro do evangelho Paulo disse de alguns deles: "... cujo UL é o ventre, e cuja glória é para confusão deles". (Filipenses 3:19). Esta é a linguagem das Escrituras. Pode haver pouca dúvida, mas as congregações estão como o são hoje porque não seguimos o ensinamento da segunda aliança e as suas exortações, e nos restringimos ao positivo e ao assim chamado "Evangelho simples", e fracassamos em acentuar negativas e críticas.

O resultado é que as pessoas não reconhecem o erro, quando se defrontam com ele. Aceitam aquilo que aparenta ser bom, e se impressionam com aqueles que vêm às suas portas falando da Palavra de YHWH e oferecendo literatura de estudos sobre as profecias e coisas deste tipo. E eles, na condição de sua ignorância infantil, frequentemente ajudam a propagar o falso ensinamento, porque não conseguem ver nada de errado nele. Além disso, não compreendem que o erro deve  denunciado e combatido. Eles imaginam-se a si mesmos cheios de um espírito de amor, são iludidos por satanás, a fera destruidora que estava no encalço deles, e que, num bote súbito, os agarrou com sua esperteza e sutileza (2Tessalonicenses 2: 9-12).

Não é agradável ter que denunciar o erro e expor o erro não dá alegria. Mas qualquer servo que sinta, em pequena medida, e com humildade, a responsabilidade que o apóstolo Paulo conhecia num grau infinitamente maior pelas almas e o bem-estar espiritual de seu povo, é forçado a fazer estas advertências. Isto não é desejado nem apreciado por esta moderna geração moralmente fraca. Muito amiúde a bancada tem controlado o púlpito e grande dano tem sobrevindo às congregações. O ministro Paulo adverte a Timóteo que virá um tempo em que as pessoas "não suportarão a sã doutrina". Este é frequentemente o caso no tempo presente, e assim tem sido durante este século e alguns passados. Por isso, é importante que cada membro deva ter uma concepção real da sua congregação e da função do ministro em particular

Hoje há no mundo “igrejas” que na superfície parecem ser “igrejas florescentes”. Multidões se agregam a elas e demonstram demasiado zelo e entusiasmo. Mas num exame mais acurado descobre-se que a maior parte do tempo é tomado por música de vários tipos, e com clubes e sociedades e atividades sociais. Há apenas uma breve "reflexão" de quinze minutos, vinte minutos no máximo. O infeliz ministro, se não enxergar estas coisas com clareza, teme ir contra os desejos da maioria. Sua sobrevivência ($) depende dos membros da “igreja”, e o resultado é que tudo é feito para se conformar aos desejos e anseios da tal “igreja”.

 Mas deixe-me acrescentar que o ministro também não pode impor. É o próprio Yahushua por intermédio do espírito de santidade de seu Pai. Aquele que está à direita do trono (observe a direita, não no trono) “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, [os dons ministeriais]. Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de HaMashiach; Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Mashiach de YHWH, a homem perfeito, à medida da estatura completa de HaMashiach", ele os deu para a edificação dos membros das congregações, e é a mensagem dele que deve ser pregada sem temor nem favor [toda a mensagem que encontramos na Palavra de seu e nosso UL YHWH].

O trabalho do ministro é edificar o povo de YHWH, a Israel de YHWH, conhecida também como o corpo do Mashiach. A ocupação do ministro é edificar a congregação, não a si mesmo! Ai! Eles têm muito frequentemente edificado a si mesmos, e temos lido de príncipes da “igreja” vivendo em posições de grande pompa e riqueza. Isto é uma gritante deturpação dos ensinamentos de Paulo! Observemos que os ministros são chamados para edificar, não para agradar nem entreter. O modo pelo qual deveriam fazer isso está resumido perfeitamente naquela passagem, imensamente lírica, de Atos 20. O apóstolo Paulo está se despedindo dos presbíteros da igreja de Éfeso, à beira mar, e eis o que ele diz: "Agora, pois, irmãos, encomendo-vos a YHWH e à palavra da sua misericórdia; a ele que é poderoso para vos edificar e dar herança entre todos os santificados" (v.32). "Palavra da Sua misericórdia; a ele que é poderoso para vos edificar"! Não é surpresa que “as igrejas” sejam o que é hoje, pois lhe têm sido dados filosofia e entretenimento. Por meio delas, um ministro pode, por enquanto, atrair e segurar uma multidão; mas não pode edificar; a tarefa dos pregadores é edificar, não atrair multidões.

     Nada edifica a não ser a Palavra de YHWH. Não há autoridade fora dela; e ela não pode de modo algum ser modificada ou nivelada para se adaptar à moda da ciência moderna, ou a alguns supostos "resultados confirmados da crítica" que está sempre em modificação. É o "eterno Evangelho" e é: a "Eterna Palavra”, a mesma que Paulo e os demais apóstolos pregaram, a mesma Palavra que as congregações primitivas sempre praticaram e ensinaram. É pelo fato disso ter sido tão amplamente esquecido nos últimos cem anos que as coisas hoje estão como estão.

Presbítero Sérgio

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