terça-feira, 30 de abril de 2013

A FALSA TEOLOGIA DO TRINITARIANISMO NOS CREDOS (Parte 3)


Durante os anos seguintes à morte dos apóstolos, muitas pessoas diziam ser cristãs mas não aceitavam os ensinos apostólicos. A fim de se determinar os verdadeiros crentes, cada Igreja local, listava certas doutrinas que os conversos cristãos deveriam crer. Estas listas de doutrinas e confissões de fé foram chamados de “credos” de ‘credo’ (Eu creio). Haviam tantos credos, quanto haviam Igrejas, muito possivelmente. O credo dos Apóstolos (Didakê), escrito muitos anos após a morte dos apóstolos e assim chamado pois pretendia incorporar os ensinamentos apostólicos, foi formulado de vários credos de várias Igrejas locais. Foi escrito para que todas as Igrejas locais pudessem ter uma confissão de fé comum.

O credo dos apóstolos (gr. Didakê” – ensino) não inclue a doutrina da trindade. Embora sejam mencionados sentenças referentes à Deus, Jesus, e o poder de Deus, o Espírito, a doutrina da trindade não é nem mencionada e tão pouco ensinada.

1- O Credo de Nicéia – Este é o primeiro Concílio à ensinar a trindade. O credo de Nicéia foi originalmente formulado pelo Concílio de Nicéia em 325 a.D. como segue:

”Acreditamos em Deus, o Pai, do-Poderoso, Criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis,  e no Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, unigênito do Pai, o único, isto é, da essência do Pai, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus perfeito do Deus perfeito, gerado, não criado, sendo de uma substância com o Pai; por meio do qual, todas as coisas foram feitas, tanto na Terra como no céu; que por nós homens, e por nossa salvação, desceu e se fez carne, e foi feito homem; Ele padeceu, e no terceiro dia, levantou-se novamente, e ascendeu aos céus, de onde há de vir à julgar os vivos e os mortos; e no Espírito Santo. Mas aqueles que dizem:”Houve um tempo em que Ele não era”, e “Ele não era até que foi gerado” e, “Ele foi feito do nada”, ou “Ele é de outra substância” ou “essência”, ou “O  Filho de Deus é criado”, ou “mutável” ou “alterável” – estes são condenados pela santa Igreja Católica Apostólica.” (Hodge, A.A.Opcit.,pp.115-116).

2 -O Credo Niceno-constantinopolitano – O credo de Nicéia como foi formulado originalmente não é o credo que por esse nome é repetido nas Igrejas hoje. O credo orignal foi emendado no Concílio de Constantinopla, 381 a.D., e no Concílio de Toledo, Espanha, 589 a.D. O anátema do credo original foi omitido e a porção referente ao Espírito Santo foi aumentada. A Igreja Grega rejeitou este credo porque o mesmo ensinava que o Espírito procedia tanto do Pai como do Filho. A presente forma do Credo Niceno  é a seguinte:


”Creio em Deus, o Pai, Todo-Poderoso, criador do céu e da terra, e de todas as coisas, visíveis e invisíveis; e num Senhor, Jesus Cristo, o filho unigênito de Deus, gerado de Seu  Pai antes de todos os mundos; Deus de Deus, luz da luz, Deus perfeito de Deus, gerado mas não criado, sendo de uma única essência com o Pai, por intermédio de quem todas as coisas foram feitas; que por nós homens e por nossa salvação desceu dos céus, e fez-se carne pelo Espírito Santo, da Virgem Maria, e foi feito homem; foi crucificado também por nós, sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado; e ao terceiro dia, levantou-se novamente de acordo com as Escrituras; e ascendeu aos céus, e está assentado à direita de Deus Pai. E virá novamente em glória para julgar aos vivos e aos mortos; cujo reino não terá fim. E creio no Espírito Santo, Senhor e Doador da vida, que procede do Pai e do Filho, o qual juntamente com o Pai e o Filho é louvado e glorificado, que falou pelos profetas. E creio na Igreja Católica e Apostólica, reconheço um batismo para remissão dos pecados; e aguardo a ressurreição dos mortos, e a vida do mundo porvir.”

3 - O Credo Atanasiano – Este credo, que é considerado pelos trinitarianos como sendo a mais profunda exposição daquela doutrina que existe atualmente, é assim denominado em honra de Atanásio. Entretanto, Atanásio não escreveu este credo, pois foi escrito muitos séculos após sua morte. Primeiramente, este credo apareceu em Gaul, na escola de Agostinho por volta do sexto ou sétimo século. Enquanto lendo este credo, note as contradições berrantes que o mesmo contém:

“1. Quem quer que seja salvo, antes de toda as coisas é necessário que retenha a fé católica.
2. A qual, a menos que seja mantida íntegra e imaculada por todos, será a razão sem dúvida alguma, pela qual estará perdido para todo o sempre.
3.  Mas, esta é a fé católica: Que adoremos um Deus em trindade, e trindade em unidade.
4. Nem confundindo as Pessoas, nem dividindo as substâncias.
5. Pois, há uma pessoa do Pai, outra do Filho e outra do Espírito Santo.
6. Mas, a divindade do Pai, e do Filho e do Espírito Santo éuma só: a glória igual, a majestade co-eterna.
7. Tal como o Pai é, também são o Filho e o Espírito Santo.
8. O Pai não foi criado, tão pouco o Filho e o Espírito Santo.
9. O Pai é imensurável, o Filho é imensurável, o Espírito Santo é imensurável, como o Filho e o Espírito Santo.
10.O Pai é eterno, assim como o Filho e o Espírito Santo.
11.E, entretanto não existem três eternos, mas um eterno.
12.E também não existem três que não foram criados, nem três imensuráveis, mas um que não foi criado e um imensurável.
13.Assim, da mesma forma, o Pai é Todo-Poderoso, o Filho é Todo-Poderoso, e o Espírito Santo Todo-Poderoso.
14. E entretanto, não existem três Todo-Poderosos, mas um Todo-Poderoso.
15.Assim, o Pai é Deus, o Filho  é Deus e o Espírito Santo é Deus.
16.Entretanto não existem três deuses, mas um Deus.
17.Assim, o Pai é Senhor, o Filho é Senhor e o Espírito Santo é Senhor.
18.E ainda assim não existem três Senhores, mas um Senhor.
19.Pois assim como somos compelidos pela verdade cristãa reconhecer todas as Pessoas por Si como sendo Senhor e Deus.
20.Também somos proibidos pela religião católica de dizer que há três deuses ou três Senhores.
21. O Pai não foi originado de nada, nem criado, nem gerado.
22. O Filho é do Pai apenas não feito, não criado mas, gerado.
23.O Espírito Santo é do Pai e do Filho, não feito, não criado, nem gerado mas, procedente.
24.Portanto, há um Pai, não três Pais, um Filho, não três Filhos, um Espírito Santo, não três Espíritos Santos.
25.E nesta trindade, nenhum é antes ou depois de outro, nenhum é maior ou menor do que o outro.
26.Mas, todas as três Pessoas são co-eternas, juntas e co-iguais.
27.De modo que em todas as coisas, como dissemos antes, a Unidade na Trindade, e a Trindade na Unidade deve ser adorada.
28.Aquele que portanto será salvo, deve refletir sobre a Trindade.
29.Além disso, é necessário para a salvação eterna, que creiamos também de maneira correta na en-carnação de Nosso Senhor Jesus Cristo.
30.Então a fé correta é, que creiamos e confessamos que Nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, é Deus e homem.
31.Deus da essência do Pai, gerado antes dos mundos; e Homem, segundo a essência de Sua mãe, nascido no mundo.
32.Deus perfeito; Homem perfeito, de alma racional e carne humana subsistente.
33. Igual ao Pai, no tocante à Sua natureza Divina, inferior ao Pai no tocante à Sua natureza humana.
34.E embora Ele seja Deus e Homem, ainda assim não édois, mas um Cristo.
35.Um, não pela conversão da Divindade em carne, mas pela ascenção da Humanidade para Deus (para o interior).
36.Um, todos juntos não pela confusão da essência, mas pela unidade pessoal.
37. Pois ssim como a alma racional e a carne racional éum homem, também Deus e Homem é um Cristo.
38. Que padeceu pela nossa salvação, desceu ao Hades, levantou-se dos mortos ao terceiro dia.
39.Ascendeu aos céus; está assentado à mão direita de Deus, o Pai Todo-Poderoso.
40.Donde há de vir à julgar os vivos e os mortos.
41.Em cuja vinda, todos os homens devem levantar-se novamente com seus corpos.
42.E darão contas por suas próprias obras.
43.E aqueles que tiverem praticado o bem entrarão na vida eterna, mas, os que houverem operado o mal, para o fogo eterno.
44.Esta é a fé católica, a qual caso um homem não creia verdadeiramente e firmemente, não pode ser salvo.(Curtis,W.A.”A History of Creeds and Confessions of Faith”; Schaff, Philip. “Creeds of Christendom.”)
(Fonte: Igreja de Deus do Sétimo Dia no Brasil)

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