sexta-feira, 26 de abril de 2013

A Falsa Teologia do Trinitarianismo (Parte 2)


3-      Primeiro uso da palavra: o primeiro uso da palavra “trindade”

Em sua forma grega ‘trias’ foi de autoria de Teófilo, que tornou-se bispo de Antioquia da Síria, no oitavo ano do reinado de Marco Aurélio (168 a.C.). Ele usou a palavra no segundo dos três livros que escreveu endereçados ao seu amigo Autólico. Comentando o quarto dia da criação no Gênesis, ele escreveu: ”Da mesma maneira também os três dias que foram antes dos luminares, são tipos da trindade, de Deus (Yahweh), de sua palavra, e Sua sabedoria.” (Teófilo, “Para Autólico”, The Ante-Nicene Fathers)

Tertuliano (160-220 a.D.) foi o  primeiro à usar a palavra latina “trinitas”. Educado em Roma e presbítero em Cártago, Tertuliano lançou as bases da Teologia Latina, a qual mais tarde foi apoiada por Cipriano e Agostinho. Embora tenha denunciado Platão como filósofo herege, Tertuliano expressou sua teologia nos termos da filosofia de Platão. Ele estava entre os primeiros à ensinar a imortalidade da alma e a tortura eterna dos ímpios. A trindade e a imortalidade    da   alma   foram desenvolvidas e formuladas  dentro de um sistema de teologia por Agostinho.

Os escritos de Agostinho tornaram-se a teologia básica da Igreja Católica Romana. Tertuliano menciona a trindade em seu livro escrito contra Praxeas que apoiava a teoria monarquiana. Ele escreveu: “O mistério da dispensação ainda está guardada, que distribui a Unidade numa trindade, colocando em sua ordem as Três Pessoas – o Pai, o Filho e o Espírito Santo.” (Tertuliano. “Contra Praxeas,” – The Anti-Nicene Fathers)

IV-  CONTROVÉRSIA  ÀRIO-ATANASIANA


Atenção específica foi centralizada sobre a doutrina da trindade no início do quarto século como resultado de uma controvérsia entre dois líderes da Igreja em Alexandria, Ario (256-336) e Atanásio (293-373). Ario mantinha que Jesus (Yeshua), embora grande, era em algumas formas inferior à Deus (Yahweh). Atanásio, pelo contrário, afirmava que Cristo (Yeshua) era igual à Deus (Yahweh) em todos os modos.

Em 318 a.D., a controvérsia veio a tona. Ario afirmou que se Jesus (Yeshua) era realmente Filho de Deus (Yahweh), então deveria ter havido um tempo em que havia um Pai, mas nenhum Filho. O Pai, portanto, era maior do que o Filho. Num Concílio da Igreja local celebrado em 321 a.D., Ario e seus colaboladores foram excomungados da Igreja por causa de sua opinião. Ario, entretanto, tinha muitos amigos e seguidores em todas as Igrejas da Cristandade. A falsa teoria da trindade não alcançou rapidamente uma posição dominante na Igreja. Pelo mesmo tempo em que a controvérsia entre Ario e Atanásio estava assolando as Igrejas, o imperador Constantino tornara-se o maior partidário do Cristianismo.

O imperador cosiderava a Igreja como uma grande força unificadora e estava ansioso para que o Cristianismo se tornasse a religião universal do Império Romano. Ele queria evitar todas as lutas internas da Igreja, arrazoando que deveria haver uma Igreja unida a fim de existir um império unificado.

Buscando resturar a unidade às Igrejas, Constantino convocou uma reunião de um Concílio geral da Igreja à ser celebrado na cidade de Nicéia, em 325 a.D. Bispos e o clero de todas as Igrejas foram convidados para assistirem ao Concílio com todas as despesas pagas pelo imperador. O Concílio de Nicéia, entretanto, foi um Concílio de Igrejas na seção oriental do império. Enquanto é dito que compareceram ao Concílio 318 bispos além de oficiais eclesiásticos menores, não haviam sequer dez bispos do oeste presentes ao Concílio. O Concílio não era verdadeiramente representativo da Igreja inteira.

Eusébio, conhecido como o Pai da história da Igreja, no início do Concílio ofereceu um credo de acordo que usava a linguagem da Escritura em vez dos termos filosóficos usados por Atanásio. Os seguidores de Atanásio perceberam que um voto para Eusébio era realmente um voto para Ario, porque a Bíblia não confirma nada à respeito da doutrina da trindade. O compromisso de Eusébio, entretanto, foi rejeitado. O imperador Constantino, embora ignorante com relação aos fatos teológicos que estavam então em discussão, mas ansioso por alcançar unidade, apoiou Atanásio. A maioria dos bispos presentes assinaram então finalmente o credo formulado pelo grupo Atanasiano.  Aqueles que não assinaram, incluindo Ario, Eusébio de Nicomédia e Teognis de Nicéia, foram banidos e seus livros queimados publicamente.

Isto, entretanto, não foi o fim. O debate prosseguiu por quarenta e seis anos. Ario e seus colaboradores foram chamados de volta do exílio dentro de três a cinco anos após o Concílio de Nicéia. Atanásio foi deposto por um grande Concílio em Tiro em 335 a.D.,  sendo deportado para Gaul.  Ario  morreu em 336. Durante os anos que se sucederam, os seguidores de Ario e Atanásio alternadamente foram banidos e chamados de volta, já que vários imperadores que governavam o império favoreciam ou uma ou outra teoria. O trinitarianismo não tornou-se a dominante e “ortodoxa” doutrina da cristandade até que Teodósio tornou-se imperador (379). Teodósio foi o imperador que fez do cristianismo a religião estatal. A união da Igreja e estado pavimentaram o caminho para a ascenção da Igreja Católica Romana.

Teodósio convocou um Concílio em Constantinopla, que se reuniu em 381 a.D.  Foi assistido por cerca de cento e cinquenta bispos do oriente. No credo adotado, o trinitarianismo foi feito doutrina oficial da Igreja nas fronteiras do império. Todos os que discordaram foram expulsos de seus púlpitos e excomungados de suas Igrejas. Era o regime totalitário dos imperadores romanos e mais tarde da Igreja Católica Romana que possibilitaram a doutrina da trindade manter seu lugar numa teologia pervertida.


Crentes fiéis, mesmo fora da Igreja Católica Romana, continuaram a crer no ensino bíblico concernente a simples unidade de Deus (Yahweh). A região norte da Europa, convertida pelo grande missionário Ulfilas (Morreu em 381), abraçou  a  doutrina do Cristianismo Ariano que ensinava. Isto foi muitos séculos antes dos Ostrogodos, Visigodos, Burgúndios, Vândalos, Lombardos, e outros povos do norte Europeu terem finalmente se entregado à crença na Trindade, tornando-se eventualmente parte da Igreja Católica Romana. A história da Igreja e a história da doutrina revelam muitos crentes fiéis através de todos os vinte séculos da era Cristã que tem repudiado a teoria da trindade e insistido no ensino bíblico concernente à unidade de Deus (Yahweh)

(Fonte:Igreja de Deus do Sétimo Dia No Brasil-Teologia-rinitarianismo)

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