quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Operação flagra escravos em oficina que trabalha para grife evangélica


Um grupo de oito pessoas vindas da Bolívia, incluindo um adolescente de 17 anos, foi resgatado de condições análogas à escravidão pela fiscalização dedicada ao combate desse tipo de crime em áreas urbanas. Além dos indícios de tráfico de pessoas, as vítimas eram submetidas a jornadas exaustivas, à servidão por dívida, ao cerceamento de liberdade de ir e vir e a condições de trabalho degradantes. O grupo costurava para a marca coreana Talita Kume, cuja sede fica no bairro do Bom Retiro, na zona central da capital. A fiscalização foi a primeira a contar com a presença de membros da Comissão Parlamentar de Inquérito criada na Câmara dos Deputados para investir as causas da permanência de trabalho escravo contemporâneo no Brasil.


Grife Talita Kume é mencionada em reportagem do Profissão Repórter


No dia 12 de julho o Pavablog reproduziu um post do Blog do Sakamoto: Operação flagra escravos em oficina que trabalha para grife evangélica. Ontem (7), o Profissão Repórter também abordou o tema. E mais uma vez a grife Talita Kume foi destaque na reportagem.
A empresa pertence à família de Juliano Son, fundador do ministério Livres,  nome tristemente irônico neste momento de crise aguda. O Livres nasceu em 2006 para apoiar um projeto que resgata crianças prostituídas no Nepal. O ministério já gravou 4 CDs, além de 1 DVD musical e 2 DVDs de mensagens.
Quase um mês após a primeira reportagem, a empresa mostrou despreparo para lidar com a crise. Em vez de transparência, preferiu a omissão. O texto do site que informava a origem cristã do nome (e dos proprietários) foi retirado do site, bem como a área que falava sobre a responsabilidade social da empresa. O perfil no Twitter também foi fechado para os não-seguidores.
O comunicado da Talita Kume exibido pelo programa diz que "a empresa repudia e proíbe veementemente qualquer forma de trabalho ilegal em sua produção" e afirma que "os proprietários se sentem abalados com o ocorrido".
Não se sabe se o abalo se estendeu aos cofres da empresa, mesmo após 42 autos de infração lavrados. No entanto, a imagem da empresa sofreu danos sérios e precisará de muito esforço para honrar o nome e se levantar novamente.
(Divulgação: Web Evangelista)

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