Com as campanhas políticas para as eleições deste ano em curso, diversos líderes evangélicos anunciam suas preferências entre candidatos e recomendam os mesmos a seus liderados.
Sobre esse assunto, a blogueira Vera Siqueira publicou um artigo questionando as motivações por trás das recomendações de líderes evangélicos a candidatos, e levantou uma dúvida em seu texto: “Esse apoio se deve a uma direção que o Espírito Santo deu aos líderes evangélicos, ou se deve a acordos de bastidores entre as lideranças gospel e os políticos em questão?”, questionou. Vera Siqueira pondera sobre a possibilidade de que a indicação tenha motivações verdadeiras, livre de interesses particulares, mas ressalta que caso a indicação não seja apenas baseada em propostas, está errada.
-Se a indicação se deve à inspiração divina, é totalmente válida, afinal devemos obedecer a Deus. Porém, se a indicação se deve aos interesses eclesiásticos, isso se torna algo criminoso espiritualmente falando, um verdadeiro estelionato gospel, afinal se usa da influência que um líder religioso tem sobre suas ovelhas para levá-las a agir conforme a vontade humana, e ainda usando do nome de Deus (mesmo subliminarmente, afinal levar um candidato ao púlpito e orar por sua eleição predispõe os fiéis a acharem que Deus está no negócio) – pontua a blogueira.
O texto propõe ainda uma reflexão a respeito do tema e possíveis contradições protagonizadas por líderes evangélicos: “Cá para nós, isso é algo ético? É algo cristão? Jesus agiria assim? Como é engraçado (para não dizer triste) ver esses mesmos líderes gritando do alto de seus púlpitos que os fiéis devem depender exclusivamente de Deus (pregação ótima para obtenção de maiores e melhores ofertas), porém eles mesmos não dependem de Deus, mas de favores conseguidos em conchavos de bastidores”.
A blogueira encerra seu artigo com uma definição a respeito daquilo que ela entende que a igreja deva se ater: “Púlpito é lugar de pregação da Palavra, não de exposição de acordos humanos e políticos”.
Redação Gospel+

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