segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Pastores evangélicos se aproximam da globo para reivindicarem heroína evangélica nas suas novelas


A Rede Globo convidou alguns líderes evangélicos para uma reunião com Amauri Soares, diretor de Projetos e Eventos Especiais da emissora, para falar sobre as expectativas do grupo com o segmento evangélico.


Pastores e líderes de conselhos de diversas partes do país estiveram no Projac, entre eles o bispo Robson Rodovalho, da Igreja Sara Nossa Terra, que conta o que foi dito nessa reunião.
“Foi uma reunião para conhecer um pouco mais dos projetos da emissora e começar este relacionamento”, disse. Esta foi a primeira vez que um diretor da Globo se reuniu com pastores.
“Ouvimos a posição deles e o que esperam sobre este segmento”, completa o bispo que é cantor e recentemente assinou contrato com a Som Livre, gravadora do grupo.
Questionado sobre as críticas que alguns líderes evangélicos fazem sobre a emissora, Robson Rodovalho afirma que vê uma boa oportunidade de usar o meio para levar a mensagem do Evangelho. “Eu reconheço que todos os veículos de comunicação são importantes para levar o Evangelho”, disse ele assegurando que foi este posicionamento que o fez decidir em aceitar o convite de fazer parte do cast da gravadora da Globo.Vejam você onde chega o absurdo de alguns setores evangélicos. 
A aproximação da Rede Globo com os evangélicos continua rendendo. Depois de contratar vários artistas gospel para sua gravadora, Som Livre, e exibir o Festival Promessas, o próximo passo deve ser uma “heroína evangélica” em uma de suas produções. Vê se pode um negócio desses.
O coordenador dos projetos especiais da Globo Amauri Soares, , irá almoçar com o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo.  A conversa deve ser sobre os “interesses comuns” entre emissora e evangélicos, afirma a Folha de São Paulo.
Além disso, o Amauri Soares deverá ter uma reunião ainda este mês com o bispo Robson Rodovalho, da igreja Sara Nossa Terra.
Esses encontros com os líderes evangélicos são um desdobramento da reunião em 12 de novembro passado, quando 17 pastores estiveram no Projac, os estúdios da Globo no Rio. Embora muito criticada por segmentos da igreja, essa reunião teve como pauta “apoio e cobertura” para eventos como Marcha para Jesus, Dia do Evangélico e Dia da Bíblia.
Karina Bellotti, doutora da Unicamp que estuda mídia e religião acredita que “Nos últimos cinco anos, a Globo se aproximou desse público porque tem lhe conferido não somente peso de formação de opinião, mas também de mercado consumidor”. E acrescenta “é importante destacar que a bancada evangélica cresceu no Congresso, assim como o poder aquisitivo de muitos evangélicos que ocupavam a classe C”.
Por sua vez, o pastor Silas Malafaia reforça que “não há nenhum acordo para nos proteger” e  ”Que cada pastor que pague a conta pela sua besteira.” Rodovalho comemora “A decisão [de abrir mais espaço para evangélicos] é deles.
Para os líderes está na hora de a Globo investir em personagens evangélicos na teledramaturgia. Recentemente, a Globo mostrou duas coadjuvantes evangélicas: Ivone (Kika Kalache), de “Cheias de Charme”, e Dolores (Paula Burlamaqui), de “Avenida Brasil”. Mas a recepção entre os evangélicos não foi boa, pois eram estereotipadas.
Segundo a assessoria da Globo, nesse último encontro os pastores “manifestaram o interesse em falar sobre o perfil atual do evangélico brasileiro para autores e roteiristas. A emissora considera a contribuição relevante, assim como as que recebe de vários segmentos da sociedade, inclusive de outras religiões”.
Um fato observado por Silas malafaia é que os casamentos nas novelas geralmente são católicos. E o tema do espiritismo nas produções da Globo são constantes. Quando aparecem personagens evangélicos, “é crente, mas vagabundo. É pastor, mas safado”, provoca Malafaia.
No passado, Malafaia trocou abertamente farpas com a Globo por conta do que considerava um preconceito. “Em 25 anos, vin-te e cin-co [pontua cada sílaba], lembro de apenas uma reportagem boa na Globo sobre evangélicos. E tem semana em que, todo dia, o ‘Jornal Nacional’ fala bem da Igreja Católica”, explica.
Mas os tempos são outros. “No passado, éramos corpos estranhos, não tínhamos nenhum diálogo. Agora é diferente”, conclui Rodovalho.

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