terça-feira, 17 de julho de 2012

Manifestantes do Movimento pela Ética Evangélica Brasileira criticam Marcha para Jesus

Durante a edição da Marcha para Jesus em São Paulo, no último sábado, 14/07, houveram protestos realizados pelo Movimento pela Ética Evangélica Brasileira (MEEB), com voluntários que se reuniram com faixas e cartazes com frases contra o atual estágio da igreja.Os protestos baseiam-se, segundo os idealizadores, em conscientizar as pessoas e convencer líderes a mudarem sua postura na condução da igreja evangélica como um todo. A blogueira Vera Siqueira, esposa do pastor Paulo Siqueira, líder do MEEB, publicou artigo relatando a experiência do protesto e as “agressões verbais, físicas” por parte dos evangélicos que faziam parte da Marcha.Segundo Vera, é necessário que o conceito atual da Marcha para Jesus seja modificado, pois da forma como está, acaba se tornando idolatria: “Para uma Marcha efetivamente para Jesus, é necessário nos desprendermos da veneração dos artistas gospel, pois em Cristo eles são exatamente iguaizinhos a nós: pessoas falhas, dependentes de Deus, e que carecem de Cristo, sem O qual perecerão eternamente. Para acabar com a ‘deusificação’ dos artistas gospel, numa Marcha realmente de Jesus eles não estariam inalcançáveis num palco, mas disponíveis a todos, como qualquer um ali, de modo que a aura de intocáveis se dissipe e as pessoas passem a vê-los como realmente são: indivíduos que Deus dotou de um talento musical, e que usam esse talento para dirigir o louvor a Ele”, pontua.A crítica de Vera Siqueira aborda os princípios da igreja primitiva, em que os cristãos serviam a comunidade. Vera afirma que a Marcha deveria ocorrer “num local onde possa ser útil à comunidade; onde os líderes e os cantores se confundem com a multidão, pois todos são, em Cristo, filhos de Deus e ao mesmo tempo servos uns dos outros; onde as músicas remetem à adoração, com amor e temor ao Deus Santíssimo; onde alguns não se aproveitam para ganhar dinheiro, vendendo apetrechos gospel; onde o espaço de adoração não é dividido com politicagem ou com a idolatria a líderes e artistas gospel”, frisa, citando as propagandas de candidatos que foram observadas durante o evento.Em seu artigo “A Marcha que nunca foi para Jesus”, Marinho destaca que a origem do evento é questionável: “Começou na Inglaterra em meados de 1987, através de uma ação ecumênica entre protestantes e católicos de Londres. A organização foi iniciativa dos líderes carismáticos Britânicos Gerald Coates, Roger Forster, Lynn Green e Graham Kendrick [...]O que muitos não sabem é que estes líderes britânicos são adeptos de práticas neopentecostais controvérsias e de conceitos anti-bíblicos. Em seu artigo “A Marcha que nunca foi para Jesus”, Marinho destaca que a origem do evento é questionável: “Começou na Inglaterra em meados de 1987, através de uma ação ecumênica entre protestantes e católicos de Londres. A organização foi iniciativa dos líderes carismáticos Britânicos Gerald Coates, Roger Forster, Lynn Green e Graham Kendrick [...]O que muitos não sabem é que estes líderes britânicos são adeptos de práticas neopentecostais controvérsias e de conceitos anti-bíblicos. Para se ter uma idéia, um dos idealizadores da Marcha é Gerald Coates, famoso carismático liberal Britânico, que tem como referência nada menos que Rodney Howard-Browne, Benny Hinn e Kenneth Copeland”, afirma.O blogueiro e ativista do MEEB, Wagner Lemos, também colunista do Gospel+, critica abertamente a Marcha, onde, segundo ele, reúnem-se “milhares de pessoas em um propósito que nem mesmo eles sabem”, e considera essas pessoas como “analfabetos bíblicos que colocam as palavras de um pastor ou apostolo como sendo lei determinada por Deus”.Lemos também reprova o que classifica como “idolatria evangélica”, configurada segundo seu artigo através de “faixas na cabeça e camisetas dos cantores gospel favoritos” e cita a intolerância dos evangélicos participantes da Marcha para Jesus: “Atitudes como agredir os protestantes, tentar queimar nossas faixas e coisas do tipo não remete nem de longe atitudes de Cristãos verdadeiros compromissados com a palavra de Deus”, observa.A distorção da mensagem cristã é ressaltada por Wagner Lemos, que cita as variações teológicas das mensagens pregadas no evento: “Vejo muitas heresias nessas Marchas! Determinam promessas para a Cidade… Exigem que Deus faça isso e aquilo em prol dos que marcham… Atos proféticos… Danças ao som de axé ou funk ditos evangélicos. No final das contas prega-se uma mistura de Teologia da Prosperidade com técnicas de Batalha Espiritual”.

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