quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Pastor Marco Feliciano critica Nelson Mandela: “Implantou a cultura da morte na África do Sul”



O pastor Marco Feliciano (PSC-SP) comentou a morte de Nelson Mandela, líder sul-africano na luta contra o apartheid, dizendo que o ex-presidente “implantou a cultura da morte” naquele país. A afirmação foi feita durante uma entrevista ao iG nesta segunda-feira. O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) disse que a aprovação do aborto na África do Sul foi um erro de Mandela.
“Quem mata uma criança, para mim, não é meu amigo. Então Mandela implantou a cultura que chamamos de cultura da morte dentro da África do Sul [...] E até hoje os índices de aborto na África do Sul são dos maiores do mundo. Então, nesse quesito, Mandela não foi feliz”, criticou o pastor.
Em 1996, quando Mandela aprovou a lei do aborto na África do Sul, o país registrava altíssimas taxas de violência sexual contra a mulher, e o ex-presidente se baseou nesse indicador para aprovar a interrupção da gravidez. De acordo com as autoridades, anualmente são registrados 60 mil casos de estupro na África do Sul.
Mesmo com essa crítica, Feliciano afirmou que pretende homenagear o líder sul-africano com um voto favorável ao projeto de lei que cria cotas para negros em concursos públicos no Brasil: “Meu voto vai ser uma homenagem a Mandela”.
O parlamentar avalia que deixou de ser um político somente identificado com a corrente evangélica para ocupar um espaço vago na preferência de eleitores conservadores, independentemente da orientação religiosa. “Talvez eu revelei ao país uma espécie de político que parece que está em extinção: o político com posicionamento”, afirma, ressaltando acreditar ser hoje no cenário político “uma pessoa firme que suporta pressão”.
Críticas mais duras são dirigidas a ex-senadora Marina Silva (PSB-AC), que Feliciano considera que poderia ter sido sua “mentora” política por também ser evangélica. Ele se diz desencantado com Marina depois de declarações nas quais ela sinalizou ser favorável à união civil (material) entre pessoas do mesmo sexo e contrária ao casamento homossexual, o que implicaria em reconhecimento religioso. “Por que negar sua fé? Só para inglês ver?”, critica Feliciano. “O meu problema com o casamento gay não é um papel, um documento. É o que o documento vai dar a eles (homossexuais), como a adoção. A Marina sabendo do nosso posicionamento se não se posicionou”.
(Por Tiago Chagas (GNoticia) / Eliel Batista (Web Evangelista)

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