sábado, 5 de outubro de 2013

A Lei da Alimentação


 Em certa ocasião encontrei-me com uma pessoa proveniente de um país asiático com a qual depois de alguns minutos iniciamos conversa a respeito das diferenças entre seu país de origem e o meu. À medida que a confiança aumentava tive a oportunidade de perguntar-lhe algo sobre o que tinha desejo de confirmar. Fiz a pergunta procurando não lhe ofender, e não a fiz sem antes pensar em que sua resposta podia mostrar-me seu descontentamento. A minha pergunta foi: “Me falaram que em alguns países da Ásia (para não lhe dizer, o teu) comem besouros, moscas, baratas, e outras coisas como essas”. Ante minhas palavras eu esperava receber sua reprovação e negativa, mas não foi assim, surpreendentemente o homem teve grande ânimo e começou a descrever o que em seu país se fazia. Ele me disse: “Se soubesse que bom sabor tem as baratas. Minha esposa sabe como prepará-las e fica delicioso”. Para demonstrar-me que sua esposa sabia como preparar baratas passou a me explicar o processo. Imediatamente com os olhos brilhando, me explicou que um bom prato de cachorro ou gato é uma experiência muito agradável. Realçando a sua esposa, me disse que ela possuía bastante habilidade para prepará-los.
     Em alguns países da Ásia, além de moscas, formigas, macacos, vermes, besouros e cobras, também se comem morcegos que esticando suas asas por certo chegam a um metro.

     Em outra ocasião tive a oportunidade de assistir a um programa cultural a respeito dos aborígines australianos. Pareceu-me curioso que uns deles, acompanhados por um explorador desse país, entraram em um lugar pantanoso aonde o lodo chegava quase à altura da cintura. Introduziram suas mãos no lodo e começaram a buscar, não demorou e nem foi difícil, encontraram o que pareciam lombrigas gigantescas ou serpentes, grossas como um antebraço de homem e com um pouco mais de um metro de comprimento. Em seguida as assaram na brasa e as comeram. Geralmente se diz que comer certos animais é apenas cultural, de lugar geográfico e de sobrevivência. Por isso, o que para uns é comestível a outros causa nojo. Humanamente falando, isso é certo. A pessoa normalmente come o que em seu ambiente se toma como comestível e descarta aquilo que não se toma como comestível. Assim é como as coisas sucedem entre os humanos.

     UL conhece as intenções humanas, sabe que por causa de sua curiosidade o homem é capaz de comer tudo que se move, o que colocarem frente a seus olhos, cujo por quê, por certo, é por causa do erro cometido no jardim do Éden, quando o homem transgrediu a ordem divina de não comer o fruto proibido, a partir de então o humano come de tudo o que é proibido. UL não deixou a todos os animais para que o homem pudesse comê-los. Por razões desconhecidas pelos humanos, o Criador proibiu de comermos qualquer animal, mesmo que a ciência não encontre razões válidas para tal proibição. Mas devem existir razões de peso para não permitir que os humanos comam a tudo que se move. Essas razões as desconhecemos, mas seguramente existem suficientes razões para que UL assim tenha ordenado.

     Este estudo tem o propósito de demonstrar alguns pontos relacionados a essa atitude, assim como também comentar o que a Palavra de YHWH diz a esse respeito. O convite ao amável leitor é o de pensar em o que o homem começou a fazer depois do pecado.

Os primeiros registros

E ordenou YHWH UL ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás”. 
[Gênesis 2:16,17]

     Esse é o primeiro registro do qual se tem conhecimento em relação ao alimento para os humanos. De acordo com esta passagem da Palavra de YHWH, o homem foi constituído frutívoro, quer dizer, se alimentava de frutos que o mantinham saudável. Indubitavelmente o necessário para manter-lhe a perfeita saúde, sendo que não necessitava de mais nada. Lamentavelmente o pecado fez grandes estragos no sistema humano, pois não somente o impediu de ter comunicação com UL, mas também iniciou nele um processo de desgaste que finalmente o conduziu a morte. Esse desgaste teve como resultado a necessidade de suprir o necessário para seu sustento, já que os frutos e a criação como um todo entraram em uma fase de corrupção de modo que as vitaminas, minerais, carboidratos e tudo quanto é fonte de vida para o ser humano tornou-se insuficiente para o seu sustento.

     Foi a raiz do pecado cometido, que foi dado ao homem comer plantas (Gênesis 3:18). Claro que a razão nos conduz a entender que a disposição divina de dar-lhe a comer plantas do campo não foi um castigo pela desobediência, mas sim um meio pelo qual ajudar-lhe-ia em sua sobrevivência. A partir do pecado o homem não comeria somente frutas, mas também plantas. Mas a situação não parou ali, mas continuou mais à frente. Séculos mais tarde, depois que o homem foi expulso do Éden, veio o dilúvio que acabou com a vida de todo ser vivente sobre a superfície da terra. Foi quando Noé saiu da arca que YHWH lhe falou dizendo: Tudo quanto se move, que é vivente, será para vosso mantimento; tudo vos tenho dado como a erva verde”. [Gênesis 9:3]
     
 A decisão divina de que o homem comeria a carne dos animais não deve ser entendida como vingança ou como castigo por haver desobedecido, notadamente, UL não é rancoroso, não deseja o mal para o ser humano, mas sim sua preservação. Certamente o homem O desobedeceu, porém isso de forma alguma significou abandono da parte de UL. O homem rompeu os laços de união eterna com seu Criador, mas isso não significa que UL o tenha depreciado. YHWH sempre tem se preocupado pelo bem do homem, por causa disso se entende que ter permitido ao homem comer carne, o fez por motivos claros que com certeza Lhe pareceram adequados, como um bom suplemento alimentar.

     É interessante voltarmos a ler o versículo 9:3: Tudo quanto se move, que é vivente, será para vosso mantimento, pois nos faz questionar o seguinte: Estava UL tão irritado com o homem que pudesse castigá-lo fazendo-o comer inclusive animais  peçonhentos a fim de que padecesse grandes estragos em sua saúde? A resposta continua sendo não, UL não age como o fazem os humanos. Que poderia significar essa frase hoje para os leitores da Bíblia, mais de cinco mil anos depois que foi dita a Noé? Sem dúvidas, hoje a fraseTudo quanto se move, que é viventesignificam precisamente tudo, sem excluir besouros, camelos, suínos, cavalos, polvos, ostras, etc. Mas... Significou o mesmo para Noé? Entendeu ele que UL lhe estava dizendo que podia comer lagartixas, camaleões, morcegos, hienas, aranhas, sanguessugas, lesmas, lombrigas, etc.? A razão da qual somos dotados nos faz perceber que a palavra tudo não inclui semelhantes coisas. Com certeza o sentido das palavras divinas não deve ser entendido como se tivesse sido dado a Noé a liberdade para comer qualquer animal. As pessoas das quais a Palavra de YHWH nos fala possuíam razão como nós na atualidade. A Escritura claramente informa que os humanos conheciam que existia diferença entre animais limpos e imundos, ou seja, animais que se pode comer e animais que não se pode comer. Veja o seguinte exemplo:De todos os animais limpos tomarás para ti sete e sete, o macho e sua fêmea; mas dos animais que não são limpos, dois, o macho e sua fêmea”. [Gênesis 7:2]. Não se encontra no relato bíblico quando foi que UL deu a conhecer a diferença entre animais limpos e impuros, contudo, Noé conhecia essa diferença, ele conhecia quais eram os animais limpos, de fato, ao dar-lhe YHWH, a ordem ele não vacilou em obedecer. Se não soubesse nada a respeito da diferença entre os animais, primeiro teria que ter sido instruído por UL a esse respeito, mas não foi assim. UL deu a ordem e ele obedeceu. E mais, UL mesmo declara que salvaria Noé por o ter achado justo em sua geração. Ou seja. Noé era santo, livre do pecado e obediente à vontade do Criador, o que leva a concluir que não comia qualquer coisa, apenas aquelas que lhe provera a mente divina como comestíveis para a humanidade.

     O relato da criação, os dos primeiros incidentes ocorridos com a humanidade, a obediência e a desobediência à vontade de YHWH, não estão totalmente relatados nas Escrituras, apenas uns sete capítulos informam a respeito, disso se entende ser o motivo de que em apenas pequenos registros estão relacionados aos animais limpos e impuros, quer dizer, aos que se podem ou não comer, são fragmentos aqui e ali, mas não por isso carecem de importância. O entendimento do qual somos dotados obtém suficiente informação desses registros.


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