quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Castigo Eterno: Aniquilação dos Pecadores.


Estudo Bíblico:


Texto base: “E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras”. [Apocalipse 20: 11, 12]

Objetivo: Ao estudar essa lição seremos capazes de explicar porque cremos que o final dos malvados será a aniquilação e não o tormento eterno.

Introdução


1) Ao longo dos séculos a maioria das igrejas e pregadores têm ensinado e afirmado a idéia de que o inferno é um local de tormento eterno. Mas surge um grande problema para se harmonizar esse ensino com aspectos fundamentais da fé cristã. Como é possível, Deus que tanto amou ao mundo, que enviou Seu filho unigênito para salvar aos pecadores possa ser também um Deus que tortura as pessoas para sempre, por toda a eternidade? Como pode Deus, ser um Deus de amor e justiça atormentar aos pecadores para sempre em um inferno ardente? Isso não equivaleria a “vida eterna” só que num lugar de tormento?

2) Essa confusão inaceitável tem induzido eruditos bíblicos a reexaminar os ensinos bíblicos referentes ao inferno e ao castigo final. A questão fundamental: O fogo do inferno atormenta aos perdidos eternamente ou os consome de forma permanente?
Pergunta: A que tem levado essas questões?

3) Nossa compreensão a esse respeito é que o inferno é o castigo final, a aniquilação permanente dos pecadores. Como diz a Bíblia: “O mal não existirá mais” (Salmo 37: 10) porque “seu fim será a perdição (Filipenses 3: 19).

Analises


4) A crença na aniquilação final dos perdidos se baseia em quatro considerações bíblicas principais:

a)       A morte como castigo do pecado;
b)       O vocabulário bíblico sobre a destruição;
c)       As implicações morais do tormento eterno;
d)       As implicações cosmológicas do tormento eterno.

A- A morte como castigo do pecado


1- A aniquilação final dos pecadores impenitentes se indica pelo principio bíblico fundamental de que o castigo final do pecado é a morte. Considere o que dizem estes versículos: Ezequiel 18: 4, 20 e Romanos 6: 23. O castigo do pecado abrange não somente a primeira morte, que todos experimentam como resultado do pecado de Adão, mas também o que a bíblia chama “a segunda morte” (Apocalipse 20: 14; 21: 8), que é a morte final, irreversível, experimentada pelos pecadores impenitentes,

2- A paga final do pecado não é o tormento eterno, mas sim a morte eterna, permanente. A bíblia ensina que a morte e a cessação da vida. É a ressurreição que faz com que a morte em vez de ser o fim definitivo da vida se converta em um sono temporário (leia 1Coríntios 15: 17, 18). Porém não existe ressurreição após a segunda morte, porque aqueles que a experimentem serão consumidos  no “lago de fogo” (Apocalipse 20: 14). Essa será a destruição (aniquilação) final. Só Deus é imortal e dará a imortalidade aos crentes, os não crentes não receberão esse dom. 

B- O vocabulário bíblico sobre a destruição dos ímpios.

1- A segunda razão para crer na aniquilação dos perdidos no juízo final é o amplo vocabulário de destruição usado na bíblia para descrever o fim dos ímpios. Veja os seguintes Salmos que descrevem a destruição dos ímpios com imagens dramáticas: 1: 3-6; 2: 9-12; 11: 1-7; 34: 8-22; 37: 2, 9, 10, 20, 38; 56: 6-10; 69: 22-28; 145: 17, 20. Eles se harmonizam completamente com os ensinos do resto das escrituras.

2- Os profetas freqüentemente anunciam a destruição final dos ímpios no dia do Senhor (em um sentido escatológico) Leia: Isaias 1: 28; Sofonias 1: 15, 17-18; Oséias 13: 3; Malaquias 4: 1-2.

3- O novo testamento descreve o fim dos ímpios com palavras e imagens que demonstram total aniquilamento. Veja como compara Jesus a completa destruição dos maus: Mateus 13: 30, 40; 13: 48; 15: 13; Lucas 13: 7; 17: 27, 29; João 15: 6 e outros.

4- Aqueles que apelam às referencias de Cristo ao inferno ou ao fogo eterno (geena, Mateus 5: 22, 29-30; 18: 8-9; 23: 15, 33; Marcos 9: 43, 44, 46-48) para apoiar sua crença no tormento eterno falham em reconhecer um ponto importante, como demonstra Jhon Stott: “O fogo em si é qualificado como eterno e que não se apaga, porem seria muito raro que algo que nele jogado resultasse em algo indestrutível”. Nossa expectativa seria de ocorrer justamente o oposto, que seria consumido para sempre, não atormentado para sempre. Daí que a fumaça (evidencia de que o fogo realizou sua obra) “sobe para todo o sempre” (Apocalipse 14: 11, ver 19: 3). A referencia de Cristo a genna não indica que o inferno é um lugar de tormento sem fim.

C- As implicações éticas do tormento eterno


1- A noção de que Deus tortura deliberadamente aos pecadores pela eternidade é totalmente incompatível com a revelação bíblica de Deus como um Ser de amor infinito. Um Deus que impõem as suas criaturas uma tortura infinita e inacabável, não importa quão pecadores tenham sido, não harmoniza com o Pai amante que nos é revelado por Jesus Cristo. A justiça divina jamais poderia  demandar para pecados finitos a penalidade infinita de dor eterna. Como se qualifica o juízo de Deus nas escrituras? Observe Gênesis 18: 25; Salmos 89: 14 e Apocalipse 20: 12.

D- As implicações cosmológicas do tormento eterno


1- O tormento eterno pressupõe um dualismo eterno; o reino de glória e o inferno de fogo, a felicidade e a dor, o bem e o mal, os quais continuariam existido para sempre, um ao lado do outro. É impossível reconciliar esse ponto de vista com a visão profética do novo mundo. Veja como o apóstolo João descreve o novo tempo: Apocalipse 21: 4. Como poderiam não existir pranto, clamor e dor se a angustia dos perdidos fossem características permanentes da nova terra e novo céu?

2- A presença de incontáveis milhões sofrendo tormento permanente, mesmo que isso ocorresse muito longe dos salvos, somente serviria para destruir a paz e a felicidade do novo mundo. A nova criação seria defeituosa desde seu começo, porque os pecadores permaneceriam como uma realidade eterna no universo de Deus.

Conclusão


5- O propósito do plano de salvação é finalmente erradicar deste mundo a presença do pecado e dos pecadores. Só quando os pecadores, Satanás e a morte forem por último consumidos no lago de fogo e extintos por intermédio da segunda morte poderemos verdadeiramente dizer que a missão redentora de Cristo se terá cumprido. O tormento eterno projetaria uma sombra escura permanente sobre a nova criação. (leia Apocalipse capitulo 20)

igreja de Deus 7º dia em México
tradução e adaptação: presb. Sérgio - igreja de Deus em São Paulo

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