Estudo Bíblico:
Texto base: “E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras”. [Apocalipse 20: 11, 12]
Objetivo: Ao estudar essa lição seremos capazes de explicar porque cremos que o final dos malvados será a aniquilação e não o tormento eterno.
Introdução
1) Ao longo dos séculos a maioria das igrejas e pregadores têm ensinado e afirmado a idéia de que o inferno é um local de tormento eterno. Mas surge um grande problema para se harmonizar esse ensino com aspectos fundamentais da fé cristã. Como é possível, Deus que tanto amou ao mundo, que enviou Seu filho unigênito para salvar aos pecadores possa ser também um Deus que tortura as pessoas para sempre, por toda a eternidade? Como pode Deus, ser um Deus de amor e justiça atormentar aos pecadores para sempre em um inferno ardente? Isso não equivaleria a “vida eterna” só que num lugar de tormento?
2) Essa confusão inaceitável tem induzido eruditos bíblicos a reexaminar os ensinos bíblicos referentes ao inferno e ao castigo final. A questão fundamental: O fogo do inferno atormenta aos perdidos eternamente ou os consome de forma permanente?
Pergunta: A que tem levado essas questões?
3) Nossa compreensão a esse respeito é que o inferno é o castigo final, a aniquilação permanente dos pecadores. Como diz a Bíblia: “O mal não existirá mais” (Salmo 37: 10) porque “seu fim será a perdição (Filipenses 3: 19).
Analises
4) A crença na aniquilação final dos perdidos se baseia em quatro considerações bíblicas principais:
a) A morte como castigo do pecado;
b) O vocabulário bíblico sobre a destruição;
c) As implicações morais do tormento eterno;
d) As implicações cosmológicas do tormento eterno.
A- A morte como castigo do pecado
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2- A paga final do pecado não é o tormento eterno, mas sim a morte eterna, permanente. A bíblia ensina que a morte e a cessação da vida. É a ressurreição que faz com que a morte em vez de ser o fim definitivo da vida se converta em um sono temporário (leia 1Coríntios 15: 17, 18). Porém não existe ressurreição após a segunda morte, porque aqueles que a experimentem serão consumidos no “lago de fogo” (Apocalipse 20: 14). Essa será a destruição (aniquilação) final. Só Deus é imortal e dará a imortalidade aos crentes, os não crentes não receberão esse dom.
B- O vocabulário bíblico sobre a destruição dos ímpios.
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2- Os profetas freqüentemente anunciam a destruição final dos ímpios no dia do Senhor (em um sentido escatológico) Leia: Isaias 1: 28; Sofonias 1: 15, 17-18; Oséias 13: 3; Malaquias 4: 1-2.
3- O novo testamento descreve o fim dos ímpios com palavras e imagens que demonstram total aniquilamento. Veja como compara Jesus a completa destruição dos maus: Mateus 13: 30, 40; 13: 48; 15: 13; Lucas 13: 7; 17: 27, 29; João 15: 6 e outros.
4- Aqueles que apelam às referencias de Cristo ao inferno ou ao fogo eterno (geena, Mateus 5: 22, 29-30; 18: 8-9; 23: 15, 33; Marcos 9: 43, 44, 46-48) para apoiar sua crença no tormento eterno falham em reconhecer um ponto importante, como demonstra Jhon Stott: “O fogo em si é qualificado como eterno e que não se apaga, porem seria muito raro que algo que nele jogado resultasse em algo indestrutível”. Nossa expectativa seria de ocorrer justamente o oposto, que seria consumido para sempre, não atormentado para sempre. Daí que a fumaça (evidencia de que o fogo realizou sua obra) “sobe para todo o sempre” (Apocalipse 14: 11, ver 19: 3). A referencia de Cristo a genna não indica que o inferno é um lugar de tormento sem fim.
C- As implicações éticas do tormento eterno
1- A noção de que Deus tortura deliberadamente aos pecadores pela eternidade é totalmente incompatível com a revelação bíblica de Deus como um Ser de amor infinito. Um Deus que impõem as suas criaturas uma tortura infinita e inacabável, não importa quão pecadores tenham sido, não harmoniza com o Pai amante que nos é revelado por Jesus Cristo. A justiça divina jamais poderia demandar para pecados finitos a penalidade infinita de dor eterna. Como se qualifica o juízo de Deus nas escrituras? Observe Gênesis 18: 25; Salmos 89: 14 e Apocalipse 20: 12.
D- As implicações cosmológicas do tormento eterno
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2- A presença de incontáveis milhões sofrendo tormento permanente, mesmo que isso ocorresse muito longe dos salvos, somente serviria para destruir a paz e a felicidade do novo mundo. A nova criação seria defeituosa desde seu começo, porque os pecadores permaneceriam como uma realidade eterna no universo de Deus.
Conclusão
5- O propósito do plano de salvação é finalmente erradicar deste mundo a presença do pecado e dos pecadores. Só quando os pecadores, Satanás e a morte forem por último consumidos no lago de fogo e extintos por intermédio da segunda morte poderemos verdadeiramente dizer que a missão redentora de Cristo se terá cumprido. O tormento eterno projetaria uma sombra escura permanente sobre a nova criação. (leia Apocalipse capitulo 20)
igreja de Deus 7º dia em México
tradução e adaptação: presb. Sérgio - igreja de Deus em São Paulo
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